Lino
Tavares
Em
nossa série de reportagens sobre os talentos emergentes do cenário musical
brasileiro, temos como entrevistada, nesta edição, a cantora paranaense Thalita
Bardini, detentora de uma voz privilegiada e de uma cultura musical invejável,
conforme tem demonstrado nos programas de TV e nos shows que realiza pelo
Brasil, revelando excepcional versatilidade na arte de interpretar canções
nacionais e internacionais em diversos idiomas, notadamente o Inglês, que
domina no palco com muita segurança, sendo considerada, nesse mister, uma das
mais perfeitas do país.
O Começo e a
Carreira
Thalita
Bardini começou a cantar com 8 anos de idade, na verdade de brincadeira, porque até então, como ela própria diz, não sabia exatamente o que estava fazendo.
Inicialmente, cantava as músicas de sua querida avó Diva Celine Dion, o que - convenhamos
- lhe deu muita sorte, porque depois disso nunca mais parou de cantar. Aos 12
anos seus pais, grandes incentivadores de sua vocação, sempre a levavam para
cantar em Videokes. Thalita adorava essas experiências, mas cantava de costas
para as pessoas, algo do que hoje acha graça, mesmo reconhecendo que sempre foi
muito tímida, como lhe dizem ainda, com expressões como essa: "Thali você
muda totalmente quando esta em cima do palco". Ela reconhece que tudo isso
é verdade, pois sempre se sentiu outra pessoa em cima do palco. "É como se Deus sempre estivesse ali do
meu lado, me dando força..." - observa a cantora. Nessa época ela começou a fazer testes em
bandas de Curitiba, cidade onde mora, ingressando então em sua primeira banda.
Aos
15 anos de idade trocou de banda e passou a participar do programa de calouros
Jovens Talentos, apresentado por Raul Gil, permanecendo na televisão até os 19
anos, tendo participado depois do Quadro Homenagem ao Compositor, também
dirigido por Raul Gil. Perseverante e muito consciente daquilo que quer,
Thalita Bardini, mesmo atuando em musicais da televisão, nunca abandonou os
estudos, nem suas banda. No ano passado,
aceitou convite para participar do Quadro Mulheres que Brilham, do Programa
Raul Gil, levado ao ar aos sábados no SBT. Repetindo o excelente desempenho de
programas anteriores, continuou merecendo excelente avaliação do Júri, chegando
à semifinal, revelando notório amadurecimento na arte de interpretar, o que lhe
possibilitou participar das gravações com melhor condicionamento técnico e
emocional. No curso dessas apresentações, Thalita conquistou muitos Fãs, que
até hoje a acompanham, através de seus Fãs Clube e comparecendo a seus shows,
algo que a incentiva a perseverar nesse sonho de alcançar o espaço que faz por
merecer no cenário da música brasileira. Muito comunicativa e amável com seu
universo de admiradores, ela se emociona ao dizer que tem o maior amor,
respeito, dedicação e carinho por todos os seus Fãs e seguidores.
Thalita Bardini
Responde:
Como se sentiu
emocionalmente quando cantou em público pela primeira vez?
R:
A emoção de cantar em público é uma mistura de vários sentimentos, mas a maior
porcentagem é com certeza a timidez. Medo do que as pessoas vão achar. Um
sentimento inexplicável é quando ao fim da canção você escuta claramente o som
dos aplausos. Mas é muito difícil dizer.
Só estando nessa situação para poder sentir...
Você se
considera ou já se considerou uma cantora romântica?
R:
Claro, tenho certeza de que todos os cantores têm em si o seu lado
romântico. A música romântica te faz
sentir algo diferente. São das músicas que geralmente temos mais lembranças, ou
até choramos ao interpretá-las. Me considero sim uma cantora com o lado
romântico bem aguçado....
Como você se
define como cantora?
R:
Difícil falar do nosso próprio trabalho; gosto muito do meu trabalho, gosto de
me escutar cantando, e fico muito feliz com o resultado, mas me defino como uma
cantora que se esforça, que está sempre em busca de coisas novas, técnicas
novas, novas músicas ou novos gêneros musicais a serem explorados. Mas ainda
tenho muito que aprender; gosto de estar sempre em busca da evolução.
Qual, entre as
músicas que já cantou, considera como sua melhor interpretação?
R:
A pergunta eu acredito que seja uma das mais difíceis que eu já respondi. Gosto
das músicas que canto, então em cada interpretação eu me dedico ao máximo; cada
ritmo é uma energia, uma sintonia diferente, e eu amo sentir essas sensações.
Então não tenho nenhuma interpretação favorita.
Você se acha
mais segura cantando em Português ou em algum outro idioma, como o Inglês, por
exemplo?
R:
Gosto de cantar em várias línguas, dentre elas Inglês, Português, Espanhol,
Frances e Árabe. Temos que nos sentir seguros em todas as músicas que vamos
interpretar; me sinto segura sim em todas as interpretações.
Que nota, de
zero a dez, você daria para o nível da música brasileira de hoje?
R:
Nota 4. Acredito que os grandes talentos, as grandes vozes foram esquecidas. O
que faz sucesso hoje é o modismo ou aqueles que conseguem investir milhões na sua
carreira. A qualidade da Música Brasileira hoje na minha opinião está péssima.
Perdeu a essência.
Como
participante do programa Raul Gil e outros do gênero, você acha que a seleção
nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos?
R:
Acredito que os programas de calouros já têm sim um cantor escolhido, Mas isso
é uma opinião minha, às vezes procuram um gênero especifico, mas é interessante
participar, pois assim você acaba sendo conhecido, ganhando experiência e é
isso que vale a pena.
Os Festivais de
Música, que marcaram época na segunda metade do século passado fazem falta nos
dias atuais para a revelação de novos cantores e compositores?
R:
Festivais são eventos importantíssimos na nossa música. Sinto falta sim, apesar
de não ter acompanhado muitos. Mas ali surgiram grandes músicas e grandes nomes
da música nacional. Acho que eles deveriam voltar.
Você acredita
que é possível aos cantores novos de hoje chegarem ao ápice da fama sem pagar
jabá nos grandes programas de rádio e televisão?
R:
O povo pode mudar tudo. Quantas pessoas fazem sucesso simplesmente por publicar
músicas na internet. É muito difícil que isso aconteça, mas não é impossível.
Considera
satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical
brasileira?
R:
Acredito que esse veículo poderia ser mais aproveitado; o Brasil está cheio de
talentos. Se isso acontecesse, a nossa música teria um crescimento muito
significativo.
Os movimentos de
protesto que hoje estão ocorrendo no Brasil podem surtir os efeitos desejados,
mudando o nosso país para melhor?
R:
Claro, tenho a seguinte opinião: o povo tem força sim. Temos que lutar pelos
nossos direitos e não simplesmente aceitar imposições. Acompanhei todas as
manifestações, é claro. Não apoio as atitudes dos vândalos que aproveitam esse
tipo de situação para fazer baderna.
Bate Bola com
Thalita Bardini
Uma palavra de
gratidão?
Ao
Raul Gil por todas as oportunidades
O momento mais
importante de sua vida?
Quando
fiquei noiva
Um sonho?
Ter
minha carreira reconhecida
Uma decepção?
Com
a corrupção
Uma superstição?
Nunca
deixo os chinelos virados (acho q trás má sorte)
Cor preferida?
Preto
Número de sorte?
Numero
3
Principal Hobby
Cozinhar
Clube para o
qual torce?
Real
Madrid
Cantora nacional?
Ivete
Sangalo
Cantora
internacional?
Celine
Dion
Projetos na
carreira?
Tenho
muitos projetos em andamento, acredito que eu possa desenvolver um trabalho que
seja bem a minha cara; quero passar verdade a todas as pessoas que me escutam,
que gostam do meu trabalho. Logo estarão disponíveis nas paginas sociais.
Considerações Finais
Gostaria
primeiramente de agradecer a você Lino, por essa entrevista, aonde eu posso
mostrar um pouquinho mais da Thalita Bardini para as pessoas. Agradecer também
aos meus queridos fãs, que estão sempre ao meu lado, me apoiando, me mandando
sempre vibrações positivas. E, é claro, agradecer a toda minha família por todo
apoio que tem me dado durante todos esses anos de luta. Obrigada!
Interpretação
Para
conferir o potencial artístico de nossa entrevistada, assista ao vídeo a
seguir, no qual Thalita Bardini interpreta, com gabarito de cantora
internacional, o clássico mundialmente
famoso Stil Loving You.