Rádio On

Com Bruna & Keyla onde a Dupla Estiver

Lino Tavares
Os ídolos do futebol não têm fãs permanentes como seus similares da arte musical. É simples entender por quê. Enquanto os astros da bola fazem a alegria de seus admiradores de forma indireta, ou seja, através do clube em que atuam, os da música emocionam suas legiões de fãs de maneira direta, representando para eles a entidade venerada, admirada e aplaudida. O mesmo jogador que, por seu talento futebolístico, torna-se idolatrado pela torcida de um clube, pode passar à condição de desafeto dessa mesma torcida, bastando para isso trocar de lado, indo defender as cores da agremiação rival.
Quando a Dupla Bruna & Keyla se tornou vencedora do Quadro Mulheres que Brilham, no Programa Raul Gil, veiculado no SBT, conquistou certamente mais de um milhões de fãs pelo país afora. É claro que esse contingente de apreciadores do duo feminino de Belo Horizonte constitui-se de telespectadores do referido programa, o que permite dizer que, mesmo se mantendo ligados à trajetória de Bruna & Keyla, continuam fiéis ao Programa apresentado por Raul Gil.
Neste sábado, porém, aconteceu algo até certo ponto curioso. A mesma Dupla que despontou vitoriosa no Quadro Mulheres que Brilham do ano passado, participou do Programa Sábado Total, de Gilberto Barros, na RedeTV. A curiosidade consiste no fato de ambos os programas serem concorrentes de audiência, posto que são levado ao ar no mesmo dia da semana e no mesmo horário. 
Incluo-me entre os assistentes assíduos do Programa Raul Gil, que considero o mais  completo do país na  arte de revelar talentos de todos os gêneros musicais.  Comecei a apreciá-lo na Record, onde sempre me emocionei, testemunhando o surgimento de talentos como Robinson Monteiro, Erikka Rodrigues, Rinaldo e Liriel, Bruna Braga, Tiane Tambara, Kelly Moore, André Leono, Thalita Bardini e outros. Continuei prestigiando-o na Bandeirantes e permaneço curtindo-o  no SBT,  onde tive o prazer de assistir, no ano passado, o surgimentos de uma plêiade de valores exponenciais  como  Fernanda Simionato, Nicole Rosemberg, Ludy Rocha, Ana J Kingdon e - claro . a Dupla revelação Bruna & Keyla.
Mas, neste 24 de agosto de 2013, sintonizei pela primeira vez, em doze anos de audiência, um canal diferente daquele que leva ao ar o Programa Raul Gil.  Dediquei minha tarde de sábado a assistir o Programa do Gilberto Barros, na RedeTV, do qual participava a Dupla Bruna & Keyla, cuja trajetória acompanho com carinho e entusiasmo, torcendo  e divulgando-a nos veículos em que atuo jornalisticamente e na Fan Page que lhe dedico no facebook. 

Essa fidelidade de fã não foi exclusividade minha.
Ela se confirmou numa pesquisa que fiz via Internet, após o término do programa Sábado Total. Consultei 45 fãs da Dupla Bruna & Keyla, dos quais apenas três informaram ter assistido ao Mulheres que Brilham, no SBT. Os demais 42, que comigo somam 43, optaram por assistir sua Dupla preferida brilhar mais uma vez em outro programa de televisão. Isso é muito bom. Isso é bom demais. É uma prova definitiva de que as 'afilhadinhas' de "As Galvão", tal como suas madrinhas, são seguidas e amadas de forma fiel por seus milhares de fãs, onde quer que estejam,  alegrando corações com sua exuberante performance artística, que encanta e emociona pessoas de todas as gerações.
No vídeo a seguir, Bruna & Keyla, cantando Vem me Completar, em Sábado Total. Clique no link abaixo da foto.

A Estrada de Sucesso de Erikka Rodrigues

Lino Tavares

Na série de entrevistas com estrelas do fascinante universo da música, figura nesta edição a cantora Erikka Rodrigues, uma das mais ecléticas do país, revelada no programa de calouros do apresentador Raul Gil, quando era levado ao ar na Rede Record, representando um marco da MPB no limiar do século 21, fazendo despontar para a fama nomes que se consagraram no cenário musical do país.
Conhecida nacionalmente por ter uma das vozes mais potentes e afinadas do país, Erikka Rodrigues, que também é compositora, nasceu na Grande São Paulo, ingressando muito cedo no panorama musical. Seu pai era profissional desse ramo artístico e contratava fenômenos do gênero sertaneja da época, como Theodoro e Sampaio e outros, para espetáculos em eventos diversos.  Surpreso ao constatar que a filha cantava as músicas desses ídolos com muito estilo, afinação e, principalmente, personalidade artística, percebeu que a pequena Erikka trazia de berço a vocação para a arte de cantar e interpretar.  Nesse primeiro contato com a música, Erikka consolidou a base em função da qual se tornaria reconhecida, mais tarde, em um programa de televisão.  Ganhou destaque na mídia ao se tornar, mediante brilhantes interpretações, uma das vencedoras do Programa Raul Gil, onde se destacou, sob aplausos e repetidos elogios do júri, interpretando canções de sucesso, como hits de Whitney Houston, Celine Dion, Bruno e Marrone, entre outras. A partir dessa etapa exitosa, sua carreira deslanchou, culminado com a gravação de seu primeiro CD de músicas românticas,  lançado pela Warner  Music, em 2002, vendendo mais de 80 mil cópias. Depois desse "pontapé inicial" na carreira, Erikka começou a sentir-se cada vez mais próxima da escalada para o sucesso e apaixonou-se pelos musicais, passando a trabalhar ao lado de renomados artistas do teatro brasileiro, como o diretor 'global' Wolf Maya, em "Musical dos Musicais" (2005,) e com a diva do teatro brasileiro Bibi Ferreira,  em "Emoções que o tempo não apaga", naquele mesmo ano.

Revelando sua versatilidade, Erikka elaborou, em 2010, o projeto de música eletrônica, junto à gravadora Warner Music, denominado "Supernova", em função do qual invadiu as pistas de dança, lançando dois singles eletrônicos que, juntos, alcançaram mais de 600 mil visualizações no youtube. Por conta desse projeto, Erikka rodou o Brasil, em 2010 e 2011, com uma bem sucedida turnê.
Em 2012, após ser contratada para um show na Feira agropecuária em que seu pai trabalhara, agenciando espetáculos, Erikka decidiu dedicar sua carreira à música sertaneja, resgatando assim suas origens e agregando todo o seu aprendizado das apresentações anteriores, como a dança e a sonoridade pop, consolidando assim uma nova etapa na carreira. A música "Só que não", com lançamento pela Sony Music, marca a volta da cantora ao estilo que sempre a influenciou e a colocou no cenário musical: o Sertanejo. Erikka lança mais singles no primeiro semestre deste ano, bem como o álbum, um promo com duas músicas e um vídeo clipe. O misto de simpatia, beleza e carisma, que constitui a extraordinária performance de palco de Erikka Rodrigues, fazem da cantora uma das mais apreciadas artistas do gênero no país. Consciente disso, Erikka disponibilizou gratuitamente, em seu site oficial e em sua fanpage, no facebook, duas de suas músicas de maior sucesso: "Só que não", lançada pela Sony Music, que surgiu de uma brincadeira muito disseminada na Internet (dizer algo e logo negar, contradizendo a expressão). A nova versão ganhou uma nova roupagem ao passar pelas mãos do experiente produtor musical Laércio da Costa, que está produzindo seu novo CD, a ser lançado oportunamente. Laércio foi produtor musical de duplas conhecidas como Fernando e Sorocaba e Thaemme e Thiago.

Erikka vai lançar neste ano mais singles um álbum completo Mergulhando ainda mais nas expressões virtuais, a cantora paulistana coloca em realce na sua arte outros termos conhecidos como "hashtags", palavra-chave relevante em um assunto ou tema veiculado na Internet. A outra música, "Bandida", com mais de 520 mil visitações, também pode ser baixada através do site, podendo ser canalizada para o celular, em versão ringtone. Acerca desse procedimento, Érikka diz textualmente: "Me inspiro muito no que 'tá rolando' na Internet; não passo um dia sem postar fotos ou trocar mensagens com os fãs". O êxito desse trabalho, expresso em forma de sucesso, deve-se também ao excelente nível de produção dos shows e ao trabalho competente dos empresários envolvidos na preparação da cantora, que alcança o 'status' de uma verdadeira musa do Pop Sertanejo, respaldada pela eficiência do Escritório 7 Notas. Mercê desse conjunto de valores agregados, Erikka Rodrigues transita com sua arte musical no primeiro escalão da música brasileira.
Nesse contexto artístico, tornou-se alvo da admiração do consagrado cantor Agnaldo Rayol, que a convidou para cantar no show de lançamento de seu DVD "Agnaldo Rayol e Amigos", realizado nos dias 16 e 17 de julho, no THEATRO NET RIO, em Copacabana, espetáculo comemorativo aos 53 anos de carreira do grande cantor. Além de dividir o palco com  Agnaldo, em shows e na televisão, Erikka tem na pessoa desse ídolo brasileiro um verdadeiro amigo, sempre disposto a emprestar seu enorme prestígio no sentido de contribuir para o crescimento profissional da amiga, de quem se confessa um admirador. 

Erikka Rodrigues responde:
A partir de que idade você descobriu sua vocação para ser cantora ?
R: A idade ao certo não sei, mas logo que aprendi falar percebi que podia cantar.

Quando e onde você começou a cantar  e qual era o gênero musical  preferido na época?
R: Em 2000 comecei cantar na igreja e desenvolver minha voz. Ouvia muito Whitney Houston, Zezé di Camargo e Luciano e Michael Jackson. Sempre fui eclética, ouço de tudo e gosto de cantar tudo.

Você acha que, atualmente, está mais fácil conseguir espaço no cenário musical, cantando solo ou em dupla ?
R: Acho que esse fator não determina o espaço a ser conquistado. Acredito que a verdade do artista o leva onde ele pretende chegar, seja dupla ou solo.

Dentre todas as músicas que já cantou, qual a que mais marcou sua carreira ?
R: Algumas músicas traduzem exatamente o que o artista sente no momento e acho que isso toca ainda mais o público. É o caso de "Abandonada" e "Bandida" que são músicas de intenções completamente diferentes e ambas marcaram.

Mesmo depois de ter conquistado seu espaço profissional como cantora, você ainda sente algum nervosismo ao pisar no palco ?
R: Sim, isso é normal e faz o prazer de estar no palco ainda mais gostoso.

Não raro, você divide o palco com nomes consagrados da música brasileira. Com qual deles você se sente mais à vontade, podendo até chamá-lo de amigo ?
R: Agnaldo Rayol é um amigo, além de um ídolo. Acho que a química entre nós fluiu muito bem, isso deixa sim a interpretação mais solta.

Você acha que os festivais de música, como os das décadas de 1960, 1970 e 1980, estão fazendo falta para abrir novas oportunidade no cenário da MPB ?
R: Sempre pesquisei e ouvi falar sobre a importância desses festivais. Acho que participei de um "festival", porque não considerei  o Programa Raul Gil como um concurso de calouros. Nunca ganhei dinheiro, não disputei um prêmio, apenas queria ser ouvida e acabei sendo contratada por uma gravadora. Acho que seria interessante a volta do modelo "Festival", onde os compositores pudessem mostrar seus trabalhos e os  intérpretes pudessem ser reconhecidos, mas gosto da  linguagem do "The voice", acho que tem uma magia próxima do que eu vivi.
    
Que avaliação você faz do nível das músicas produzidas hoje no Brasil. As considera ótimas, boas, razoáveis ou ruins ?
R: Produção é uma coisa que envolve tempo e dedicação. Muitas vezes os profissionais envolvidos na construção de uma musica não pensam em deixá-la o melhor possível, pois o tempo corre e outros trabalhos precisam ser feitos. Como uma produção em série, onde a caixa esta pronta e o produto precisa entrar ali. O nível só aumenta quando produtor/ artista / empresário se interessam por isso. Eu sou totalmente a favor do funk, do pagode, do sertanejo e dos ritmos populares do Brasil;  defendo isso no meu próximo CD. Tudo pode ter qualidade desde que seja feito com dedicação.

Como ex-caloura, você acha que a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos ?
R: Para entrar num programa de TV que julga cantores é necessário ter bastante coragem. Se submeter ao julgamento e às justiças e injustiças que podem acontecer. No fim, é um grande aprendizado, faço um balanço bom do que aconteceu comigo.

Você se sentiu injustiçada, alguma vez, participando de programa de calouros  ?
R: Não. Só participei de um na verdade, o que me projetou com muito respeito diante do publico.

Acha possível a um cantor novato alcançar o sucesso sem pagar jabá nos principais programas de rádio e televisão ?
R: Acho.

A vida artística é muito atribulada. Mesmo assim, sobra um tempinho para dedicar-se ao lazer e à família?
R: Sim, eu preciso fazer ter,  porque se não tiver convivência com eles perco a inspiração. Tudo gira em  torno deles.

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira ?
R: Acho que um país sem cultura é limitado. É importante que a lei Rouanet beneficie mais projetos, mas sou a favor de que sejam criados outros modelos que sejam mais próximos dos artistas da periferia.

Tendo despontado para a fama num Quadro do  Programa Raul Gil, na Record, você considera suficiente o apoio recebido da produção, no sentido de alavancar sua carreira ?
R: O compromisso do programa não era esse e eu sabia. Era um programa de TV, uma vitrine. Eu mesma corri atrás do meu  crescimento artístico com o apoio de um amigo que custeou minhas aulas no teatro. O teatro me abriu portas, fiz dois musicais e fui  dirigiida por Wolf Maya e Bibi Ferreira. O convite para participar do DVD do Agnaldo Rayol veio dele mesmo, que me assistiu num desses musicais.  Fiquei um tempo sem gravar, depois ingressei na dança e lancei dois singles pop "dance" num projeto chamado Supernova.  Isso agregou a dança ao meu trabalho e aumentou ainda mais o meu desejo de misturar os ritmos populares brasileiros ao meu estilo. Enfim, recebi um espaço na Tv e aproveitei o resultado positivo que me trouxe.        

Que avaliação você faz do nível da MPB da atualidade, podendo, se quiser, atribuir a ela uma nota de zero a dez ?
R: A MPB hoje é uma coisa mais 'cult', cheia de bons artistas ainda escondidos e grandes artistas que fazem música  boa,  mas não chegam a tocar nas rádios populares. Se é musica popular brasileira, precisa de fato ser popular,  tocar, ser consumida... Que se abra mais espaço para eles, acho que falta. Dou 10 para os artistas..

Quem mais a incentivou no início da carreira ?
R: Mãe e pai, amigos, parentes. Meu pai trabalhou certa época no ramo da musica e me encorajou muito.

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, em função  dos protestos de rua que estão voltando no Brasil ?
R: sim, sou a favor. Atinge todas as áreas e a musica será beneficiada.

"Bate Bola" com Erikka Rodrigues
 
Uma grata recordação ?
Um caderno com frases e poemas escritos pela professora da terceira série.

Um agradecimento especial ?
A Deus por cada momento.

O momento mais importante de sua vida ?
Quando me disseram que eu podia vencer com a minha voz. 

A coisa mais desagradável que já  lhe aconteceu ?
A perda do meu pai.

Um sonho realizado ?
Viver de música.

Um sonho não realizado ?
Não posso contar  (hehe...)
     
Uma decepção ?
Com a pobreza.

Uma grata surpresa ?
Adoro surpresas boas, me lembro de alguns aniversários que me enganaram direitinho.

Uma superstição ?
Chinelo virado.

Cor preferida ?
Vermelho.

Número de sorte ?
5

Prato preferido ?
Lasanha.

Principal Hobby ?
Cinema

Time do coração ?
Corinthians

Cantores de todos os tempos:                       
Cantor: Nacional ? Lulu Santos/Xororó/Agnaldo Rayol  Internacional ?  Michael Jackson
Cantora: Nacional ?  Ivete Sangalo   Internacional ?  Adele
                       
Personalidade de todas as épocas:
Nacional ?  Ivete Sangalo     Internacional ? Franck Sinatra

Projetos na carreira ?
Um EP a ser lançado ainda esse ano e uma trilogia de videoclipes.

Considerações finais:
Obrigada pelo espaço e um beijo a todos os meus fãs que me fazem cada dia mais feliz! Um beijo com carinho,  Lino!

Interpretação Musical

No encerramento da entrevista, vídeo com  música "Vai me proteger",  interpretada por Erika Rodrigues, em parceria com Agnaldo Rayol, um dos cantores brasileiros  mais aplaudidas de todos os tempos, que disse textualmente, num programa de televisão, referindo-se à nossa entrevistada: "Erikka Rodigues é uma das maiores cantoras que eu já ouvi... ela é sensacional. Eu acho que realmente ela tem que 'explodir' neste país e até fora deste país".


Acesso virtual Erikka Rodrigues:
Pagina no  Facebook: www.facebook.com/erikkarodriguescantora 
Site: www.erikkarodrigues.com.br

Longe dos Holofotes, Mas no Coração dos Fãs

Por Lino Tavares

Na minha ótica universal, as duas criações mais belas do "Arquiteto do Universo" começam com a letra M: a Música e a Mulher. De posse dessa convicção, tenho para mim que, quando essas obras primas do Criador se fundem num elemento único, temos como resultado a mais perfeita simbiose expressa pelo belo, que é a figura da mulher cantora, essa trabalhadora dos palcos, que canta e encanta com a linda voz e as deslumbrantes formas anatômicas recebidas por obra e graça da mãe natureza. Motivado por essa certeza, tenho procurado me reportar sobre aquelas artistas dos palcos, que, não vivendo ainda o ápice da fama, brilham quase anonimamente em todos os recantos do imenso Brasil, fazendo, longe dos holofotes da grande mídia, a alegria de milhares de pessoas que as admiram, as aplaudem e as idolatram, com o mesmo grau de emoção daqueles 'fãs de carteirinha' das grandes estrelas já consagradas da MPB.
Imbuído desse propósito, venho realizando entrevistas exclusivas, para os veículos em que atuo, com cantoras que despontam no cenário musical brasileira, como Bruna Braga, hoje integrante da Dupla Bruna & Keyla (em franca ascensão no cenário nacional), FehSimionato, Thalita Bardini, Nicole Rosemberg, Kelly Moore, Erikka Rodrigues (entrevista será divulgada oportunamente) e outras. Trago essa experiência jornalística do século passado, quanto realizei matérias do gênero com cantoras famosas como Rosanna Fienngo, interprete de "Amor e Poder", líder das paradas do Globo de Ouro, além de Adriana Pires, que fez sucesso com a música "Vesti azul", na era 'Jovem Guarda', e outras dos diversos movimentos musicais da época.
Na minha agenda de futuras entrevistas, estão relacionados várias outras cantoras novatas, que realizam seus shows pelo país afora, buscando conquistar seu espaço no primeiro escalão da música brasileira. Entre elas, coloco em destaque a cantora nordestina Eloísa Olinto (foto), de Campina Grande, na Paraíba, cujo Fã Clube manifestou no facebook, como pode ser visto a seguir, o seu apreço ao comentário que fiz em torno da excelente artista, que foi destaque em recente publicação na Revista Barracuda.
Manifestações dessa ordem gratificam essa forma de opção jornalística, incentivando-me a prosseguir estendendo a mão, na mídia em que atuo, a essas cantoras emergentes, talentos pouco conhecidos no panorama nacional, mas sobejamente reconhecidos pelos que as assistem e as aplaudem nas regiões onde desenvolvem sua arte com espetáculos musicais de primeira grandeza.  


Atualização de status
De FãMusic De Eloisa Olinto
- Oi pessoal, boa noite!
Não poderia deixar de citar as belíssimas palavras de Lino Tavares ao tratar da última matéria sobre Eloisa Olinto publicada na Revista Barracuda. Você, meu querido, traduziu bem tudo que os fãs de Elô gostariam falar para ela neste momento. Assim, em nome de todos os/as seus/as fãs, agradeço pela consideração, sinceridade e verdade depositadas em cada linha escrita. Grande Abraço. Emanuela'Oliveira.

Confiram...
Mesmo à distância, já que sou um comunicador do sul do país, pude perceber que Eloísa Olinto é uma das cantoras mais versáteis da nova geração, compondo o seu repertório com gêneros musicais que alcançam todas as faixas etárias. Associando sua voz ímpar, temperada com aquele sotaque nordestino que o Brasil inteiro aprecia, à sua exuberante postura de palco, a cantora de Campina Grande cativa seus espectadores, que ao assisti-la cantar pela primeira vez sentem-se motivados a continuar prestigiando suas apresentações futuras. Somam positivamente no conjunto da obra expresso pela cantora a beleza típica da mulher nordestina, bem como a simpatia e o carisma que lhe são peculiares. De posse desses predicados, Eloísa Olinto consegue transmitir alegria e emoção, colocando em prática uma performance artística de brilho incomum. O enfoque da matéria veiculada acima é uma bela síntese de tudo quanto pode ser dito a respeito dessa artista dos palcos, que se constitui numa grande promessa da música brasileira, com reais possibilidades de alcançar o patamar mais elevado do sucesso, podendo chegar ao nível de cantoras do Norte e Nordeste como Elba Ramalho, Alcione e Fafá de Belém. Como jornalista e compositor, ex-jurado de Festivais de Música, arrisco dizer que muito ainda se ouvirá falar sobre a carreira promissora desse talento jovem que desponta no cenário musical brasileiro. (Por Lino Tavares)

Kelly Moore, Uma Cantora Padrão Internacional

Lino Tavares

Na série de entrevistas com talentos emergentes da música brasileira, figura nesta edição a cantora Kelly Moore, de São Paulo, detentora de uma carreira brilhante, na qual tem se destacado, lotando casas de espetáculo em seus shows considerados de excelente nível, por críticos e apreciadores de sua arte.

Trazendo no semblante os traços marcantes da mulher de descendência ibérica, dada sua origem portuguesa e espanhola, Kelly é possuidora de um timbre de voz único, constituindo-se na mais nova revelação do Pop Rock nacional e latino. Nasceu em 05 de Agosto, na cidade de São Paulo, transferido residência, aos 11 anos de idade, para Nova Esperança, no Paraná. Pouco tempo depois iniciou sua trajetória artística na cidade paranaense de Maringá. Passando por diversas bandas e cantando na noite, nos mais variados estilos, Kelly Moore acumulou muita experiência, alcançando um nível de maturidade artística que a tornou aos olhos de todos uma verdadeira musa da canção popular. 
Kelly despontou para o sucesso a partir de exitosa participação num concurso de talentos promovido por uma emissora paulista de televisão, ganhando a partir de então projeção nacional e internacional. Ao longo de 28 semanas (cerca de sete meses), a cantora liderou o concurso, tornando-se atração especial, que elevou o índice de audiência do programa, levando-a a conquistar com sua extraordinário performance milhares de fãs e admiradores de todas as partes do Brasil e do exterior.
De posse desse elevado conceito, não lhe foi difícil partir para a gravação de seu primeiro CD, que foi lançado em 2002, intitulando-se “Quanto mais quente melhor”, tendo como produtor o renomado DJ Cuca. O álbum tornou-se um sucesso, alcançando um excelente nível de vendagem, que esgotou toda a tiragem da gravação já na primeira semana que sucedeu ao lançamento.
Nos anos de 2008 e 2009, Kelly Moore integrou com muito brilhantismo o musical “ROCKSHOW”, espetáculo onde se conta, através de músicas e uma incrível performance,  a história do rock. O musical teve direção do destacado produtor Hudson Glauber e supervisão do famoso diretor de teatro e televisão Wolf Maia.
Cantando na noite, Kelly passou por diversas bandas, viajando por diferentes estilos, acumulando assim muita experiência, em função da qual adquiriu maturidade e autoconfiança, tornando-se uma cantora completa, alvo de muitos convites para espetáculos inesquecíveis.
Retornando a São Paulo, Kelly conquistou a simpatia do público e de profissionais da música, iniciando assim a consolidação de sua carreira e vendo aumentar o leque de opções no mercado de trabalho. Começava a viver, então, uma nova era, marcando presença em diversas bandas e realizando gravações de jingles para rádio e TV, bem como participando da gravação de discos de artistas consagrados da musica brasileira. Com essa bagagem, ingressou no mundo dos musicais, participando inicialmente da peça “Casas de Cazuza”, produzida por Rodrigo Pitta, na qual atuou no papel principal, cantando e dançando, mas sempre preservando sua opção pela arte de cantar, vocação que traz de berço.

Respaldada no misto de talento e sensualidade que a tornam possuidora de invejável postura de palco, Kelly Moore vislumbra o mercado externo como próximo passo na carreira artística contando para a consolidação desse projeto com os diversos Fã-Clubes que conquistou em lugres como o Japão, a África e Miami,  dispondo ainda de uma sede oficial em Chicago, nos Estados Unidos. Em 2010, Kely Moore foi destaque na mídia, comandando o agito dos sábados do pop latino do Rey Castro Cuban Bar, em São Paulo. Em função desse crescimento artístico, no curso do qual revelou sua vocação e sua cultura musical, Kelly se tornou alvo de muitas referências positivas nos veículos de comunicação, tendo participado, como convidada especial, de um júri de programa de calouros na televisão.

Kelly Moore Responde

Como se sentiu emocionalmente quando cantou em público pela primeira vez?
R: Por incrível que pareça não fiquei nervosa não, pra mim era como se fosse brincadeira, eu estava a vontade como se fosse a sala da minha casa...rsss

Você se considera ou já se considerou uma cantora romântica?
R: Posso dizer sim que sou bem eclética!!!

Como você se define hoje como cantora?
R: Uma cantora de música Pop, que tem inúmeras influencias, mas que se sente bem a vontade em viajar por diversas vertentes!!!

Qual, entre as músicas que já cantou, considera como sua melhor interpretação?
R: Poxa vida, não vou falar por mim não, e sim, pelo o que escuto dos fãs, amigos que comentam pra mim as suas preferências, dentre elas a que mais se destaca na preferência deles é “TOTAL ECLIPSE OF THE HEART” que eu gravei no meu primeiro Cd “QUANTO MAIS QUENTE MELHOR”.....Acho que posso citar essa...rsssss

Você se acha mais segura cantando em Português ou em Inglês?
R: Com certeza em português pelo fato de ser brasileira e claro, é algo natural, apesar da maioria das pessoas me conhecerem cantando em inglês, mas além do inglês e português posso dizer que me sinto também muito a vontade cantar em espanhol, é uma bela melodia pra mim!!!!....Estranho né...rssss

Que nota, de zero a dez, você daria para o nível da música brasileira de hoje?
R: Prefiro não dar notas....

Hoje em dia vejo a música popular brasileira bem complicada, na maioria das vezes você só escuta letras falando sobre bebedeira, sacanagem e mulherada. Muitas das vezes letras que denigrem a imagem da mulher, difícil conseguir escutar uma música que não tenha duplo sentido, resumindo, nossa música ta virando pornografia!!!!....
Estão esquecendo o romantismo e a poesia, as pessoas conseguem nitidamente contar nos dedos cantores e cantoras que tem melodia e poesias em suas canções.

Como ex-caloura do Programa Raul Gil, você acha que a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos?
R: Bom, acontecem muitos equívocos, nem todos são justos, também não se pode generalizar, há suas exceções!!!

Você acredita que a participação por longo período em programas de calouros é suficiente para garantir a quem participa viver profissionalmente de música?
R: Claro que não, dependem de muitos fatores como talento, trabalho duro, investimento e um pouco de sorte também!!!....Acredito que tudo tem sua hora certa, basta persistir não desistir jamais, lógico, se realmente é isso q você quer!!!

Tendo voltado ao Programa Raul Gil como jurada representou para você a afirmação plena na carreira de cantora?
 R: Acho que se eles não confiassem nas minhas opiniões e julgamento, bem provável que eles não teriam me convidado pra participar do júri.

Você acha que os programas de calouro, como o do Raul Gil, fazem tudo quanto poderiam para alavancar a carreira de seus participantes no mercado de trabalho, ou deixam a deseja nesse aspecto?
R: Essa é a grande proposta dos programas em geral de Calouros, senão não teria o porque de existirem esses quadros!!!..

A que você atribui a ausência dos grandes festivais de músicas, neste século, ao contrário do que acontecia nas segunda metade do século passado?
R: Pura falta de incentivo, o novo assusta e hoje as pessoas tem um certo medo de apostar em novas ideias.

Você acredita que é possível aos cantores novos de hoje chegarem ao ápice da fama sem pagar jabá nos grandes programas de rádio e televisão?
R: Possível até pode ser, mas que é muuuuuuuuuuuuuito difícil, ah!!...isso é!!!...rsss

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira?
R: Não, o Ministério da Cultura deveria e poderia investir muuuuuuuito mais na arte em geral no nosso país se quisessem, se houvesse incentivo nas escolas, aulas de música, teatro... a educação das crianças no futuro poderia ser bem diferente!!!!....Há muita burocracia que não ajuda em nada o artista, é a mesma coisa que não ter!..

Acredita que possa haver mudanças para melhor, a partir dos protestos de rua que estão acontecendo no Brasil?
R: Sim, com toda a certeza!!!....O Brasil acordou e estão reivindicando seus direitos e isso é lindo, é aquele velho ditado “QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA!!”...Temos que ir pras ruas sim, gritar “ESTAMOS AQUI!!”...Mas claro, sem vandalismo porque isso não leva a nada!!


"Bate Bola" Com Kelly Moore

Uma grata recordação?  Minha infância
Um agradecimento especial? A Deus por estar sempre comigo.
O momento mais importante de sua vida?  Quando descobri que poderia ser cantora.
Um sonho? Continuar trabalhando com música e continuar cantando até ficar velhinha.
Uma decepção? Com a política do nosso país..
Uma superstição? Nenhuma
Cor preferida? Vermelho
Número de sorte? 10
Principal Hobby? Ficar em casa assistindo TV depois de um dia exaustivo de trabalho.
Time para o qual torce?   BRASIL FUTEBOL CLUBE!!...rsssss

Cantores de todos os tempos:
Cantor: Nacional: Roberto Carlos - Internacional: Michael Bolton / Luis Miguel / Stevie Wonder
Cantora: Nacional: Alcione, Ana Carolina, Marisa Monte e Ivete Sangalo -  Internacional: Tina Turner / Toni      Braxton / Anastacia

Personalidade de todas as épocas:   
Nacional? Roberto Carlos e Lula / Carmen Miranda - Internacional? Barack Obama e Oprah Winfrey

Projetos na carreira?  De gravar um Cd e Dvd ao vivo e continuar na estrada trabalhando com o que amo que é cantar!!!

Considerações finais:
Em primeiro lugar agradecer a Deus pela minha vida, a da minha família, a todos que me acompanham e por me permitir continuar a trabalhar com que eu gosto, que é MÚSICA, porque isso no Brasil hoje é questão de sorte!!...rsss
Agradecer a todos os fãs e amigos pelo amor, carinho, incentivo e por acreditarem no meu trabalho. Vocês são quem mandam, se fosse ao contrário eu não estaria aqui.
E Também agradecer ao Lino por me dar a oportunidade de me expressar nessa entrevista, um grande abraço!!
E galera é isso aí... Obrigada por tudo e que Deus os abençoe sempre, fiquem com Jesus!!.. bjos.

Kelly Moore

Encerrando a entrevista, o leitor poderá conferir a excelência interpretativa de Kelly Moore, vendo e ouvindo-a cantar "Total Eclipse Of The Heart", música considerada por ela como sua melhor interpretação: