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Julia Diniz, Jovem Promessa da Ginástica Aeróbica

Lino Tavares

Na série de entrevistas com jovens talentos femininos que despontam nos cenários artístico e esportivo do país, nesta segunda década do século 21,  figura nesta edição a jovem ginasta Julia Diniz Sampaio Dias,  de 13 anos, moradora de Luminárias, Minas Gerais. A esportista mineira estará participando do Campeonato Brasileiro de Ginástica Aeróbica, a realizar-se de 26 a 29 deste mês no ginásio de esportes Tesourinha, em Porto Alegre.    

Biografia
Júlia é estudante do 8º ano do ensino fundamental, tendo sua vida baseada nas práticas esportivas. Em 2005, com apenas 5 anos, começou a frequentar aulas de balé. Em 2007, iniciou o IDG - Iniciação Desportiva Globalizada, que envolvia vários esportes, como natação, basquete, vôlei e ginástica, entre outros , no Lavras Tênis Clube-LTC Em 2008, começou a praticar Taekwondo, ao qual se adaptou com facilidade em razão de possuir um físico adequado para a prática desse esporte. Aos 9 anos, começou a praticar vôlei, como atividade escolar, e equitação, motivada pelo fato de cavalgar, desde pequena, na fazenda da avó. Alimentando seus sonhos entre o glamour das passarelas e as práticas esportivas, Júlia Diniz foi convidada pela agência de modelos WR-Willian Roggles para desfilar em Pouso Alegre, sem um compromisso formal, tendo como objetivo principal adquirir experiência na passarela.
A partir de então, fez o curso de modelo e, logo depois, o de manequim. Participou de desfiles até 2012, após o que, incentivada pela irmã e por amigos, entrou para a Ginástica Aeróbica e, a partir deste ano, passou a integrar, nessa modalidade, a equipe da UFLA - Universidade Federal de Lavras. Nesse esporte, Júlia teve um desenvolvimento um pouco mais acelerado, pelo fato de começar constituindo um trio com meninas mais experientes, contando sempre com o apoio do seu técnico Luiz Maciel e de toda a equipe. Em sua primeira competição estadual com o trio, a jovem ginasta conquistou medalha de ouro, algo que classifica como uma experiência maravilhosa! Entusiasmada com o êxito que tem alcançado nessa prática esportiva, Júlia Diniz comenta: "Agora estou me preparando para os próximos campeonatos, acreditando nas grandes vitória dos próximos anos !"

Júlia Diniz Responde

Quando você descobriu sua vocação para a ginástica aeróbica ?
R: Quando percebi meu prazer e dedicação ao esporte 

Antes de começar na ginástica, você tinha predileção por algum outro esporte ?
R:Sim, vôlei.

Além do esporte, você se sente vocacionada para outras atividades, como música, pintura, dança, teatro, etc. ?
R: Sim. Dança, desfile.

Onde você buscou inspiração para se tornar uma ginasta ?
R: Na verdade foi por indicação do meu amigo que já praticava a ginastica aeróbica, ele me incentivou , disse eu eu iria gostar e iria me dar bem! Dito e feito (risos)

Qual foi a sua maior alegria na prática desse esporte ?
R: Conquistar medalha de ouro na minha primeira competição, foi uma surpresa e uma alegria enorme!

Você sente algum nervosismo quando entra no tablado para uma apresentação em público ?
R: A partir do momento que pisamos no tablado pra competir sobe aquela ansiedade e da um pouco de frio na barriga, mas eu penso: Eu passo 3 horas por dia fazendo isso,agora é só ir e arrasar!

Se você descobrisse que 'tem bola no pé' trocaria a ginástica pelo futebol?
R: Não, não (risos). Ate gosto de futebol, assistir com meu pai aos domingos, mas não. Essa não é minha vocação.

Você acha que os atletas amadores recebem no Brasil o devido incentivo para desenvolver seu potencial ?
R: Na verdade não, porque poucos atletas recebem a almejada bolsa atleta, de nível internacional, e poucas empresas patrocinam o esporte. E além disso a ginástica aeróbia é uma modalidade cara, na qual um collant de competição custa R$ 350,00. Existe também falta de incentivo na quantidade de equipes no país, muitos estados não tem equipe e centro de treinamento. 

Já se pensou em voltar a desfilar nas passarelas da moda ou ser modelo fotográfico ?
R: Já, pois desde os 9 anos, comecei a fazer curso de manequim e modelo, mas não tenho altura para passarela. Já pra modelo fotográfico, nunca surgiu oportunidades.

Considera que a ginástica aeróbica requer sacrifício semelhante ao de uma modelo, para manter a forma ?
R: Com certeza não, porque uma modelo precisa de malhar, fazer dietas e dietas para conseguir a forma física adequada, na ginástica não é assim, apenas com uma alimentação saudável e na prática do esporte, já adquirimos o físico necessário.

Quais foram as suas maiores conquistas na prática da ginástica aeróbica ?
R: Evolução, tive que pegar mais pesado pra poder fazer o trio com as meninas mais experientes (Raphaela e Milena), e sim, eu comecei muito ruim, precisei de muita ajuda pra poder fazer o que eu faço hoje. Ainda tem muito o que melhorar é claro, ainda mais por ser meu primeiro ano, mas já tive uma evolução muito boa!

Qual é a ginasta nacional e internacional que você mais admira ?
R: Ginasta nacional, sem dúvidas Marcela Lopes. Internacional, Sara Moreno.

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, a partir dos protestos de rua que estão acontecendo no Brasil ?
R: Acredito que sim. A união faz a força,juntos e acreditando, podemos tudo!

Que conselho você daria às jovens que sonham em conquistar seu espaço no mundo do esporte ?
R: Primeiro, abra a mente, porque virão muitas dificuldades e muitos obstáculos, mas você tem que leva-los como um ensino pra poder evoluir, e não deixar que uma coisa tão simples acabe com o seu futuro.

Faz parte de seus planos praticar algum esporte que lhe permita participar de uma olimpíada ?
R: Infelizmente a ginástica aeróbica ainda não faz parte das olimpíadas, mas graças a Deus o esporte esta crescendo e logo logo as pessoas vão enxergar a beleza do esporte e ver que é digno das olimpíadas


"Bate Bola" Júlia Diniz

Uma paixão ?
R: Animais, são criaturas amáveis e fofas, não trazem mal á ninguém.

Um agradecimento especial ?
R: Primeiramente a Deus, porque se não fosse por ele, eu não conseguiria nada da vida. E agradeço também aos meus pais e a minha equipe por acreditarem em mim e estarem do meu lado me dando força em tudo.

Uma grata recordação ?
R: Um grupo de dança criado em 2009- HSD- que foi através dele que conheci muitos dos meus amigos que fazem a ginástica e me incentivaram a entrar.

O momento mais importante de sua vida ?
R= Comemorações que reúnem toda a família 

Um sonho ?
R= Ser tetra campeã mundial como a Marcela Lopes

Uma decepção ?
R: Não acredito em decepções, pra mim são chances que recebemos de fazer as coisas de um jeito diferente.

Uma superstição ?
R: Passar em baixo de escadas. Nem que me paguem eu passo em baixo de uma escada! (risos)

Cor preferida ?
R: Vermelho

Prato preferido ?
R: Strogonoff 

Número de sorte ?
R: 9

Principal Hobby ?
R: Cavalgar

Time para o qual torce ?
R: Cruzeiro. Sempre!

Maior desportista de todos os tempos ?
R: Pelé

Personalidade masculina de todas as épocas:
Nacional ? Renato Aragão
Internacional ? Ian Somerhalder 

Projetos de vida profissional ?
R: Medicina

Considerações finais:
As pessoas se escondem atrás do que as confortam da dor e da tristeza, mas elas devem aprender superar seus desafios de cabeça erguida, realizando seus sonhos com fé em Deus

No final, vídeo com declaração da ginasta Julia Diniz (a 2 minutos da gravação) na reportagem da Rede Globo, versando sobre Ginástica Aeróbica


Solo ou em Dupla, Ela é Brilho e Emoção

Lino Tavares

Nossa entrevistada desta edição responde a uma pergunta, dizendo que uma das músicas que mais marcaram em sua carreira é "Duas Metades", que cantou em dupla durante a vitoriosa participação no  Quadro Mulheres que Brilham, do Programa Raul Gil, no ano passado. Em consonância com o título da música, ela é parte de  "duas metades" que compõem a famosa Dupla a que se refere. Reportamo-nos sobre a cantora Keyla Vilaça, integrante da Dupla Bruna & Keyla, ora fazendo sucesso nos palcos e nas emissoras de rádio e televisão de todo o país, depois de haver gravado seu primeiro CD e um Clipe como contratada da  gravadora Sony Music.


A Mineira Keyla Vilaça
   
Keyla Vilaça nasceu em Belo Horizonte, cidade onde cresceu, estudou e moldou sua personalidade arraigada aos princípios familiares, culturais e religiosos característicos da mulher tipicamente mineira, algo de que muito se orgulha, declarando amor à sua terra, à sua gente e a tudo que a identifica  nas artes, no esporte, na política e até mesmo na culinária, com suas iguarias de "dar água na boca"

O Despertar da Vocação

Correndo-lhe nas veias a verve tão própria do músico vocacionado,  começou na tenra infância a se interessar pela arte musical. Aos quatro anos já exteriorizava suas qualidades de cantora, incentivada pelo pai, que lhe acompanhava nessa forma de manifestação artística, respaldando-lhe os primeiros passos com o bom gosto e os conhecimentos que possui em relação a essa arte. Fruto dessa sadia convivência domiciliar, sentiu-se estimulada, com apenas sete anos, a  se apresentar cantando em uma igreja próxima de casa. Além de cantar, a menina Keyla revelava seu dom de instrumentista, algo  que lhe permitiu, aos treze anos, tocar gaita e violão, tendo este último se tornado sua grande paixão instrumental, um companheiro inseparável que lhe acompanha até hoje nos lugares onde se apresenta, ilustrando com exuberância, na fotografia e no vídeo, sua extraordinária performance de palco.

Os  Primeiros Passos na Carreira

Na adolescência, já segura de si e muito consciente sobre aquilo que queria e podia, Keyla Vilaça dá impulso à sua escalada profissional, apresentando-se em bares,  tocando MPB e participando de bandas de baile, adquirindo assim novas experiências que a tornaram eclética, cantando em diversos ritmos. Em 2007, destacou-se como uma das grandes promessas da nova geração de cantores, participando do programa Ídolos, no SBT, no qual brilhou e se tornou finalista, sempre elogiada e avaliada de forma expressiva pelos jurados, que ressaltavam com entusiasmo sua qualidade vocal e sua excelente postura de palco.

A Arrancada para o Sucesso

Após essa exitosa passagem pela televisão, deu sequência à carreira, brilhando nos palcos da capital mineira e adjacências, até unir seu talento ao da também talentosa cantora de Belo Horizonte, Bruna Braga, constituindo com a nova parceira a simbiose perfeita de duas artistas que, a par de grandes amigas,  se completam no palco, dando consistência  a essa dupla fabulosa, 'ungida' em show memorável, na TV de Aparecida, pelo 'sacro batismo sertanejo' das irmãs Meire e Marilene, dupla gloriosa de nossa música de raiz, popularmente conhecida como "As Galvão".

Keyla Vilaça Responde

Quando foi que você sentiu que tinha vocação para ser cantora ?
R: A música faz parte da minha vida desde sempre. Tive a sorte de ter sido criada num ambiente onde meus pais sempre escutaram boas músicas, e nossa família sempre se reuniu em volta do meu pai, que canta e toca violão maravilhosamente bem e de forma autodidata. Isso naturalmente aguçou meu ouvido e minha vontade de "imitar o papai". Sempre afinadinha e com ouvido bom, já aos 4 anos cantava acompanhando-o.

Qual era o gênero musical de sua preferência, quando começou a cantar ?
R: Tive o privilégio de nascer numa época extremamente rica do ponto de vista musical (final da década de 80 início de 90) e sempre ouvi muita rádio Am e Fm . Ouvia MPB, artistas como Roupa Nova, Gilberto Gil, Djavan, e o sertanejo também estava em plena ascensão com os grandes artistas do gênero Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel. Inclusive a primeira música que aprendi a tocar na minha gaitinha (toda criança adora uma gaita, rsrs) foi "Evidências" do CH&X.

Você considera que não ter seguido na carreira solo, passando a formar dupla com a Bruna, foi um lance de sorte na sua vida ?
R: Foi um encontro de Deus, assim considero, pois não é fácil encontrar alguém tão talentoso como a Bruna Braga. Sou, acima de tudo,  uma grande admiradora dela e de seu trabalho, e a nossa sinergia foi imediata. Hoje convivemos como irmãs, dividimos tudo, sonho, carreira, planos, palcos e só existe uma explicação. Planos de Deus!

Dentre todas as músicas que já cantou, solo e em dupla, qual a que mais marcou sua carreira ?
R: Que missão difícil essa hein?! Várias canções foram especiais em vários momentos. Solo poderia ressaltar" Evidências";  uma importante como dupla foi a canção "Duas Metades" que apresentamos no Concurso.

Mesmo depois de ter conquistado um espaço no cenário musical brasileiro, você ainda sente algum nervosismo ao pisar no palco ?
R: Eu digo sempre que o dia que o meu "friozinho na barriga" acabar eu posso parar de cantar! (Risos). Música é emoção, e eu sinto isso à flor da pele quando estou no palco e é natural o coração acelerar ao pisar no palco quando estou prestes a fazer o que mais amo. Que assim seja sempre!

Que avaliação você faz do nível das músicas produzidas hoje no Brasil. As considera ótimas, boas, razoáveis ou ruins ?
R: Existem dois tipos de música, a que eu gosto e a que eu não gosto. O Brasil é riquíssimo tanto culturalmente quanto musicalmente, e é natural que nos identifiquemos mais com algum gênero específico (ou até mais de um, por que não?!). Eu, por exemplo, gosto de ouvir tipos diversos de música e acho que cada um tem o seu momento. Boa ou ruim? Depende da fonte onde for buscá-la e não me cabe fazer este julgamento. Gosto é gosto e não se discute. Digo isso de forma natural e branda, (não tô brava não, viu gente?!) apenas ressaltando que somos seres humanos, cada um com suas preferências.

Como ex-caloura, você acha que a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos ?
R: Justos dentro daquilo que se busca. Hoje nos programas as pessoas procuram mais do que uma grande voz, procuram por artistas completos, e que tenha uma fatia de mercado a se trabalhar. Todo talento precisa ser moldado e devidamente direcionado para chegar ao grande público.

Você se sentiu injustiçada, alguma vez, participando de programa de calouros ?
R: De maneira nenhuma, todas as experiências pelas quais passei foram extremamente válidas e me fizeram crescer como artista. Lógico que a vontade de vencer também nos motiva quando estamos em uma competição, embora logo ali na frente entendamos que talvez "não seja a hora", visto que é importante "estar preparado" para receber aquilo que nos aguarda. Um conselho?  Sonhe!

Acha possível a um cantor novato alcançar o sucesso sem pagar jabá nos principais programas de rádio e televisão ?
R: Com certeza, senão eu mesma não estaria aqui hoje. Tudo o que foi conquistado veio através de muito esforço, anos árduos de trabalho e muita determinação.

Você disse no Programa do Ronnie Von, na TV Gazeta , que passa mais tempo com a Bruna do que com sua irmã de sangue. Considera a Bruna uma irmãzinha de alma ?
R: Sem dúvidas, temos uma cumplicidade muito bacana. Amo demais minha irmã de sangue Kelly, e não passamos mais tempo juntas pela correria normal do dia a dia, mas sempre que posso estou com ela.

Essa participação intensa da Dupla Bruna & Keyla, nos principais programas de televisão, nos primeiros meses de lançamento do CD e Clipe gravados na Sony Music, superou as expectativas ou já era esperado?
R: Com certeza superou as expectativas, a Sony Music e parceiros tem tratado Bruna e Keyla com muito carinho e cuidado. Nesse tempo já gravamos o videoclipe do primeiro single "Vem Me Completar", tivemos o privilégio de ter nosso disco produzido por dois grandes produtores, Dudu Borges e Laércio da Costa e estamos colhendo os frutos deste trabalho agora. Cada dia conhecendo mais um cantinho do Brasil e ganhando um pedacinho no coração das pessoas que se identificam com nosso trabalho. Esse é nosso maior objetivo.

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira ?
R: Acho um trabalho indispensável porém ainda insatisfatório, temos muito mais talentos que oportunidades no nosso país.

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, em função dos protestos de rua que estão voltando à moda no Brasil ?
R: Acredito, pois nós somos a mudança que o Brasil precisa. Temos que demonstrar isso agora nas urnas.

"Bate Bola" com Keyla Vilaça*

Uma grata recordação ? Eu ainda criança cantando com meu pai.

Um agradecimento especial ? A Deus, pelo privilégio de despertar todos os dias.

O momento mais importante de sua vida? O meu nascimento (não sou narcisista não,  viu, gente...rs. Em outro momento explico o porquê)

A coisa mais desagradável que já lhe aconteceu ? Posso contar mesmo? Ta bom! Já fiz um show cantando no banheiro! kkkkk. Tive um problema urinário fortíssimo ao começar o show, só me restava correr pro toalete e fazer o show de lá mesmo. A Bruna ainda me perguntava do microfone: "Ta tudo bem aí parceira? " kkkk Levei o microfone pra lá e assim foi, afinal o show não pode parar! (Não acredito que contei..rsrs)

Um sonho realizado ? Ser cantora, esse sempre foi o meu maior sonho.

Um sonho não realizado ? Ser mãe.

Uma decepção? O sistema legislativo e e judiciário brasileiro

Uma grata surpresa ? Vencer o concurso "Mulheres que Brilham" ao lado da minha parceira.

Uma superstição ? Entrar no palco sempre de mãos dadas com a Bruna.

Cor preferida ? Lilás

Número de sorte ? 8

Prato preferido ? Gosto de comida simples caseira. Arroz, feijão, angu, verdura e um ovinho. (Muito mineira a pessoa, né? rs)

Principal Hobby? Tocar violão, vivo abraçada a ele! Kkk

Time do coração? Cruzeiro Esporte Clube

Cantor e cantora de todos os tempos:
Nacional ?   Jorge Vercillo/Xororó (amo os dois), Elis Regina
Internacional ? Andrea Boccelli, Whitney Houston

Personalidades nacionais de todas as épocas ?  Herbert José de Souza ( Betinho) e Zilda Arns(Fundadora da Pastoral da Criança)

Projetos na carreira ? Trabalhar sempre ! Próximo passo: gravar um DVD

Considerações finais:

*Agradeço imensamente ao carinho das pessoas que acompanham o trabalho de Bruna e Keyla e que nos enchem de tanto amor e carinho por onde passamos. Uns estão mais perto, outros mais longe, mas todos dentro do meu coração. Aproveito para agradecer ao jornalista Lino Tavares pelo espaço, pelo respeito e o tempo dedicado a nós. Todos vocês são muito importantes nessa caminhada! Amor, saúde e paz! Att: Keyla Vilaça


Na sequência, vídeos de Keyla Vilaça cantando solo e como integrante da Dupla Bruna & Keya, bem como o link de acesso ao Site do Duo Feminino de maior sucesso, no momento, brilhando em programas de TV como "Raul Gil", "Aparecida", "Ratinho", "Todo Seu",  "Ritmo Brasil", "Sábado Total", "Super Pop" e "Mega Senha".

Big Gerls don't Cry!



Tim Maia + Olhos Coloridos (Sarará Crioulo)



Paciência (Lenine)



Vem me completar (Bruna & Keyla)



Duas Metade (Bruna & Keyla)



A Versátil Nicole Rosemberg

Lino Tavares

Se Tom Jobim e Vinícius de Moraes estivessem no júri do Quadro Mulheres que Brilham, do Programa Raul Gil,  no ano passado, possivelmente se inspirariam a fazer outro bonito samba bossa nova, tal como fizeram quando viram Helô Pinheiro desfilando na praia de Ipanema, no Rio.  Talvez eles até repetissem na nova música a expressão "Olha que coisa mais linda mais cheia de graça", de 'Garota de Ipanema'.
Fariam isso - alguns já devem ter percebido - inspirados naquela menina graciosa chamada Nicole Rosemberg,  que entrou no palco, começou a cantar e prendeu  a atenção de todos (júri, plateia, apresentador e milhões de telespectadores), pela profusão de predicados que revelou  com sua postura cênica e sua forma inebriante de cantar, algo que só se via nos anos de ouro da música brasileira, vividos nas décadas de 1960, 70 e 80.
Na recente entrevista que realizei com Nicole Rosemberg, figura uma declaração textual em que ela diz “eu sempre tive vergonha de cantar, não cantava pra ninguém,  nem pra minha família". Imaginem o que teríamos perdido se Nicole continuasse cultivando essa "vergonha de cantar" e, por conta disso, deixasse de se inscrever no "Mulheres que Brilham", para 'aprontar' lá  tudo o que de bom 'aprontou'. Mas, Graças a Deus,  isso não aconteceu. Ela soube aproveitar muito bem o incentivo recebido da família, especialmente da mamãe Liliane, e corajosamente partiu para a luta, numa disputa que não era entre simples calouros, mas partilhada entre cantoras profissionais atuantes. Nicole chegou à grande final e ficou em segundo lugar, só não alcançando a primeira colocação por mero detalhe, pois todo o  Brasil viu que,  ao longo das apresentações, ela sempre esteve  ao nível da Dupla que se tornou vencedora, integrada pelas talentosas Bruna & Keyla.
Depois de deixar o programa, Nicole Rosemberg  foi contratada pela Bombril, engajando-se a um importante projeto  que a permitiu continuar brilhando nos palcos, sendo aplaudida e admirada por suas legiões de fãs de todo o país,  interagindo com todos nas redes sociais com a afabilidade de uma menina simples que,  com muita determinação, vai conquistando seu espaço no cenário musical brasileiro, tornando-se motivo de orgulho não só para sua família,  mas também aos que, virtualmente ou de forma pessoal, com ela se relacionam, na condição de fãs e amigos.
Neste sábado, 14 de setembro de 2013, a menina de ouro que um dia admitiu que "tinha vergonha de cantar", ocupou uma cadeira no Júri de TV mais famoso do Brasil, ao lado de experientes jurados como Marli Marlei, a cantora Jamily  e o instrumentista Caio Mesquita. Com clareza, objetividade e conhecimento de causa, Nicole Rosemberg ficou muito à vontade no papel de jurada,  analisando de forma consciente as apresentações dos jovens calouros que estreavam no Programa, numa demonstração inequívoca de que acreditar em si mesmo ainda é a melhor receita para vencer obstáculos - inclusive a timidez - e galgar com firmeza os degraus que conduzem ao ápice do sucesso.  
Veja a seguir:

A Ribalta de Sucesso de Amanda Neves

Lino Tavares                                    
Na série de entrevistas com novos cantores que despontam no cenário musical brasileiro, figura nesta edição a jovem cantora paulista Amanda Neves,  moradora de Catiguá – SP, estudante de Psicologia, cursando aulas de canto em São Paulo – Capital. Libriana, amante da boa música e apaixonada pelas  artes cênicas, Amanda começou a cantar aos 7 anos de idade e nunca mais parou.

Os primeiros passos
Em2000,  começou a participar do Projeto Social Criança Doce Energia da Usina Cerradinho (Catanduva), atual Usina S/A Noble. Neste projeto, destacou-se nas aulas de canto-coral, entre outras,  vendo crescer o gosto e pelo descortinar de novos horizontes. Consciente do que queria e podia,  participou de montagens teatrais, com direção de seus amigos e professores Carlinhos Rodrigues e Drika Vieira, figurando em espetáculos como Girando Girança (2007), As Cores do Brasil(2006), Vejo Estrelas(2005). Sob a regência do maestro Claudinei Alves de Oliveira, fez parte de várias apresentações pelo país, em algumas das quais atuando junto a importantes grupos musicais, como a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Em 2008, Protagonizou a montagem do musical “A Bela e a Fera” (interpretando Bela), no teatro Brigadeiro Luis Antônio em São Paulo, pela Cia. OperÁria –SP.  No mesmo ano, protagonizou a montagem da Ópera La Traviata (interpretando Violeta Valléry) em Bebedouro SP. Em 2009,  foi convidada a protagonizar a montagem do musical O Rei Leão, (interpretando Nala), no teatro Gazeta em São Paulo, também pela Cia, OperÁria – SP 

Na trilha do sucesso
Em 2010, trabalhou profissionalmente coma Cia. Da Casa Amarela (Catanduva) no espetáculo “Joana e os Pássaros”. Naquele mesmo ano, Amanda Neves teve grande impulso na carreira, participando com muito êxito do  Quadro “Jovens Talentos”,  do programa “Raul Gil”, no SBT, onde chegou à grande final, recebendo as maiores notas ao longo das apresentações, sendo por isso premiada com a  gravação de um clipe da música Only Hope no teatro Coliseu,  em Santos, com a participação do músico instrumentista Caio Mesquita, grande revelação do Programa Raul Gil.  Ficando  em segundo lugar na competição, com uma diferencia de nota ínfima em relação à primeira colocada (apenas 1 ponto  ),  assinou contrato com a Sony Music para o lançamento de seu primeiro CD solo “Only Hope”, lançado  em 2012  com músicas dos grandes musicais da Broadway como “O Fantasma da Ópera” e “Cats”; Lançado pela gravadora Sony Music em parceria com a Luar Music. Antes disso,  foi convidada, em 2011, a cantar com o Pe. Fábio de Melo no lançamento do seu DVD,  no HSBC,  em São Paulo.  Ainda em 2012,  participou como artista convidada no Festival Internacional de Música de Cartagena, Colômbia e participou da Cia. Voz Vinho e Violão – S.J do Rio Preto – com apresentações do espetáculo “Miscigenação”.

Recentemente, se apresentou no Credicard Hall – SP –, evento promovido pela “Truss” no espetáculo “Truss In Concert”,com show de Fernando e Sorocaba. Atualmente, Amanda Neves prepara-se para a gravação de seu próximo CD solo, comparticipações especiais como a do Pe. Fábio de Melo.

AMANDA NEVES RESPONDE:
Quando foi que você descobriu sua vocação de cantora ?
R: Canto desde os meus 7 anos; Comecei cantando na igreja, depois de entrar em um projeto social na cidade vizinha de onde moro, passei a fazer aulas de canto e não parei mais desde então.

Que gênero musical você mais cantava no início da carreira ?
R: Músicas religiosas.

Você teve o incentivo familiar que desejava nessa opção pela música ?
R: Sempre tive muito incentivo da minha família, principalmente do meu pai.

Além de cantar, você já admitiu a hipótese de ser uma instrumentista ?
R: Já fiz aulas de violão, piano, mas nunca terminei o curso. Pretendo retomar as aulas em breve.

Dentre todas as músicas que  já cantou, qual a que você considera como a mais importante na carreira ?
R: Eu diria que todas as músicas que eu cantei foram importantes. Cada uma foi especial no seu momento e se tornou importante por se tratar de momentos e sentimentos diferentes em cada fase da minha vida.

Mesmo depois de se firmar profissionalmente na arte de cantar, você ainda sente algum nervosismo ao pisar no palco ?
R: O famoso "frio na barriga" nunca sai de moda; Eu sempre sinto isso antes de subir no palco, mas assim que coloco meus pés nele, tudo parece sumir, como num passe de mágica.

Você acha que a qualidade do padrão musical desse início de século caiu  em relação ao da segunda metade do século passado ? 
R: Eu gosto de todos os estilos de música. Posso dizer que sou eclética. É claro que tem aquele estilo que eu me identifique mais, que goste mais de cantar, mas num geral, ouço de tudo. O que está em alta hoje em dia é aquilo que o público mais curte; é aquilo que eles mais ouvem;  mas tem muita coisa boa pra se curtir também, com letras poéticas, que falam de sentimentos verdadeiros da mais bela forma possível e que as melodias são tão envolventes que nos transportam a outros lugares, outras dimensões. É preciso conhecer e ouvir mais essas músicas; saber apreciá-las também.

Na sua opinião, entre os cantores e cantoras que trocaram o gênero popular pela música Gospel, existem alguns que só fizeram isso, pensando em ganhar dinheiro, sem nenhum espírito de religiosidade ?
R: Penso que não. O mercado gospel/religioso é muito bom, além de ser muito fiel. Mas as pessoas que estão nele são pessoas de Deus, que levam a palavra dele com suas músicas e,  particularmente, fazem isso muito bem. Sou católica, mas ouço e me emociono muito com as músicas gospel.

Como ex-caloura, você acha que a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos ?
R: Sim, Além de avaliaram o potencial vocal, desenvoltura no palco, eles também avaliam o mercado em si para aquilo que o candidato esta mostrando. São critérios justos.

Já se sentiu injustiçada,  participando de algum programa de calouros ou algo semelhante ?
R: Não. Sempre sai de "cena" com o pensamento "fiz o meu melhor". Se não deu certo é porque Deus tem preparado algo muito melhor; que realmente seja certo para mim.

Acredita que a passagem pelo Programa 'Raul Gil' alavancou de certo modo sua carreira ?
R: Com certeza. Temos a Amanda Neves antes e depois do Programa Raul Gil. Sou a mesma pessoa, com os mesmos valores e princípios, mas o reconhecimento e admiração das pessoas mudou completamente, pra melhor, é claro. Estou muito feliz, graças a Deus.

Você está satisfeita com o espaço que vem ocupando no cenário musical brasileiro, ou acha que falta incentivo ao artista no Brasil,  para crescer mais rápido na carreira ?
R: É um meio difícil. Ora esta bem, ora não. Depois da minha participação no programa, consegui realizar muitos sonhos; cantar com o Pe. Fábio de Melo, por exemplo. Só consegui realizá-lo por intermédio da minha participação no programa, que foi por onde nos conhecemos. É preciso muito incentivo, muita ajuda daqueles que podem para aqueles que sozinhos não conseguem. Tem muita gente boa por ai que só precisa de uma oportunidade.

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, em função  dos protestos de rua que estão voltando à moda  no Brasil ?
R: A esperança é a última que morre. Todos querem um Brasil melhor. Protestos devem ser feitos; Não concordo com a maneira de se faze-los; Mas que não desistam de lutar. E que a fé em Deus seja sempre uma aliada permanente para cada brasileiro.

"Bate Bola" com Amanda Neves
Uma grata recordação ?
Minha participação no programa do Raul Gil.

Um agradecimento especial ?
Meus pais

Uma definição para o Fenômeno Deus ?
Vida

O momento mais importante de sua vida ?
Todos os momentos são importantes

A coisa mais desagradável que já lhe aconteceu ?
A morte do meu avô

Um sonho realizado ?
São muitos; cantar na televisão é um deles.

Um sonho não realizado ?
São muitos também.

Uma decepção ?
Não me lembro de nenhuma no momento.

Uma grata surpresa ?
Mesmo perdendo por 1 ponto na final do jovens talentos, receber a proposta de gravar com a sony também.

Uma superstição ?
Sempre antes de sair de casa, entrar no palco, ou coisas do tipo, minha mãe (ou na ausência dela, meu pai assume o posto) fazem o sinal da "Cruz" em mim.

Cor preferida ?
Rosa

Número de sorte ?
Não tenho.

Prato preferido ?
Pizza

Principal Hobby ?
Fazer artesanato

Time do coração ?
Corinthians

Cantor ou cantora nacional de todos os tempos ?
Elis Regina entre muitos outros...(dificil rs)

Cantor ou cantora internacional de todos os tempos ?
Sarah Brightman, entre muitas outras...(que difícil rs)

 Personalidade nacional de todas as épocas ?
Eterna Hebe Camargo

Projetos futuros  ? 
Sempre em busca da realização profissional e pessoal. Ser feliz sempre. Com fé em Deus, tudo é possível.

Considerações finais:
Agradeço imensamente Lino Tavares pelo carinho. Muitíssimo obrigada ao diretor do meu FC Leandro Nobre e um agradecimento especial também para todos os meus fiéis fãs. Mesmo depois de tantas coisas que passamos sempre juntos, continuamos unidos e cada vez mais fortes. Deus os abençoe. Tenham sempre fé em Deus e não deixem que a esperança se apague. Nunca se esqueçam: "Deus não escolhe os capacitados, ele capacita os escolhidos".
             Super Beijo,  Amanda Neves

Na sequência, vídeo com belas interpretações de Amanda Neves e links de acesso a páginas virtuais relacionadas.



Ludy Rocha, Talento e Versatilidade na Arte de Cantar.

Por Lino Tavares

Na série de entrevistas com jovens cantoras que despontam no cenário musical brasileiro, temos como entrevistada nesta edição a intérprete Ludy Rocha, uma das finalistas da temporada do ano passado do Quadro Mulheres que Brilham, do Programa Raul Gil, levado ar aos sábados no SBT.

Ludmila Ferreira Rocha (Ludy Rocha)  nasceu em 22 de novembro de 1980, na cidade de Araxá, Minas Gerais. Motivada pelo fato de pertencer a uma família de músicos instrumentistas, percebeu ainda pequena sua vocação para a música, recebendo o incentivo de sua mãe que a levou a cantar com apenas seis anos de idade. Pouco tempo depois, tonou-se  solista de um coral de crianças, cujo regente percebeu logo seu pendor artístico, observando sua capacidade de cantar de forma afinada e com muita noção de ritmo. Sempre acompanhada e incentivada por seus pais, começou a cantar na noite com apenas 13 anos de idade.  Sua preferência musical inspirou-se basicamente nos discos do pai, que ouvia sempre. Ludy observa textualmente: “Meu pai tinha um ouvido maravilhoso, uma voz linda e um gosto musical impecável;  devo muito a ele e a tudo que ele me aplicou!.” “Minha mãe é um anjo em minha vida.  Sempre me incentivou e me impulsionou a dar o meu melhor.  Foi ela quem descobriu o meu talento com a música, quem me ensinou minhas primeiras canções, quem me deu meu primeiro instrumento, meu primeiro microfone, quem me levou a dar meus primeiros passos na arte música!”
Ainda na pré adolescência, com 13 anos, Ludy compôs a sua primeira música. Começou cantando clássicos da MPB e Bossa Nova em bares de Araxá e Região e, pouco tempo depois, passou a atuar como vocalista em bandas de baile, quando se viu na contingência de ter que cantar todos os gêneros musicais, além de revelar desenvoltura no palco, configurada na dança, na postura cênica e na comunicação. Cumprindo sua agenda de shows, Ludy Rocha já viajou por diversos estados brasileiros , sendo apreciada por seu talento, que encanta milhares de pessoas nos lugares onde se apresenta.  A par de grande cantora, Ludy já deu aulas de canto e artes e fez trabalhos como backing vocal em estúdios. Seu foco, na atualidade, acha-se voltado à gravação do tão sonhado CD/DVD ao vivo, tendo como apoio as leis de incentivo à cultura e como patrocinadora uma empresa multinacional. O projeto está em andamento e logo todos poderão conferir um pouco mais acerca do trabalho dessa cantora e compositora mineira, possuidora de voz inconfundível e de outros predicados artísticos em função dos quais tornou-se uma das intérpretes mais elogiadas pelo júri do programa Raul Gil e também por colegas concorrentes, várias das quais disseram considerá-la a cantora mais completa do Quadro Mulheres que Brilham.

Ludy Rocha Responde.

Que emoção você sentiu quando cantou em público pela primeira vez?

R: Era solista de um coral de crianças, tinha uns seis anos. Era muito pequena, mas me lembro como se fosse hoje! Estava ali me divertindo e fazendo o que mais gostava. Desde muito cedo tinha comigo a certeza de que cantar seria o meu caminho, mas era tudo como uma brincadeira; só depois é que foi ficando mais sério e se tornando de fato minha profissão.

Você se considera uma cantora pop ou romântica?
R: Me considero uma cantora versátil e costumo dizer que me sinto bem passeando por quase todos os estilos. Mas meu negócio é cantar. Claro que prefiro músicas que, como uma roupa, visto com mais facilidade e aderem melhor ao meu “corpo” e estilo. Gosto da boa música, daquela que tem letra, melodia e sentimento, mas nunca me opus a cantar também aquilo que gosto menos, pois tenho facilidade em trazer a canção pra mim e interpretá-la a meu modo. Acho que saber dosar e misturar estilos, ritmos, gostos e experiências fazem de mim um gênero mais pop, digamos assim!

Qual o gênero musical que você mais gosta de cantar?
R: Gosto da música brasileira em sua totalidade e sua mistura de ritmos e as nuances que só ela tem. Mas procuro misturar a ela minhas influências, como o soul, o blues, o jazz e o rock.

Entre as músicas que já cantou, qual você considera como sua melhor interpretação?
R: "Bem que se quis" é uma música que gosto muito de interpretar. E me recordando aqui foi com ela que ganhei meu primeiro festival, aos 15 anos. No programa do Raul Gil também pude interpretá-la e acho que também foi uma de minhas melhores apresentações, devido a um fato inusitado:  perdi meu sapato no meio da apresentação e tive que me ligar no automático, fugir da interpretação que pretendia fazer pra calçar meu sapato novamente, isso tudo sem parar a gravação. Na minha cabeça, não poderia parar a gravação por causa de um simples sapato fora do pé, ou eu tiraria o outro, o que não passou pela minha cabeça, ou eu o calçaria novamente, que foi o que eu fiz. Isso tudo enquanto a música rolava, sem deixar a “peteca cair”, sem desafinar... não foi fácil! O fiz, pois imaginei que isso poderia acontecer comigo em qualquer outro palco da vida e eu queria ser avaliada como sou, até mesmo como me portaria em um caso como esse. Enquanto isso, muitas outras paravam a gravação por acharem que estavam desafinando, porque a roupa saiu do lugar, porque o cabelo estava bagunçado ou porque se esqueciam da letra. Comigo não, era no 1, 2, 3, gravando! Na vida é assim, não é?! Eu quis ser o mais real possível! Analisando aqui, acho que BEM QUE SE QUIS foi minha melhor interpretação, pela intensidade, pelo contratempo que tive e por ter me dedicado e feito o meu máximo pra conseguir o resultado que consegui. Tanto que depois que consegui calçar o 'famigerado' sapato, me soltei e desenhei minha interpretação com alívio, inclusive fazendo piada no final de tudo.

Você se sente mais segura cantando em Português ou encara com naturalidade cantar em qualquer idioma?
R: Insegurança significa medo, coisa que não tenho. Acho que só mesmo a estrada e já ter passado por situações adversas pra perder o medo de se arriscar. Procuro sempre, independente da língua em que estiver cantando, fazer o meu melhor e me mostrar o mais profissional possível. Claro que o português é minha cama, é onde eu deito e rolo, mas cantar em outras línguas nunca foi de fato uma dificuldade pra mim. Se não é do meu conhecimento, requer dedicação, o que procuro ter sempre. Suponhamos que um dia eu precise cantar em japonês, que é uma língua que nunca estudei e sei pouquíssimas palavras; eu procuro imaginar que alguém do país vai estar na plateia me vendo cantar (nunca se sabe!), portanto quero que ele entenda o que canto. Sendo assim, escuto e estudo a música incessantemente, dando ênfase na dicção de cada palavra e até mesmo a respiração dada pelo intérprete, pra apresentar algo no mínimo digno, mas sempre buscando deixar minha identidade na canção. Quando não se conhece, o segredo é estudar! Mas cantar em inglês, espanhol, italiano e francês já acho mais fácil.

Que nota, de zero a dez, você daria para o nível da música brasileira de hoje?
R: Na verdade essa pergunta é um tanto quanto pertinente e complexa. Estou farta, assim como muitos, de ouvir o mais do mesmo sempre. O mercado fonográfico é hoje no Brasil uma verdadeira vergonha. Visam os interesses deles e da grande massa. Certo isso? Deve ser. Mas e pra nossa música? E pro desenvolvimento intelectual que se emprega junto à música? Isso já não existe mais. Aliás, existe, mas não ganha espaço algum. Como disse em uma de minhas respostas acima, a música pra mim tem que ter melodia, letra e sentimento. Tudo tem que soar harmônico! O que se vê hoje no mercado assim? Algo que tenha o merecido espaço? Acho que não! Hoje, como disse, é só o “mais do mesmo”! Portanto, pra massificação da música, pra esse negócio que mais parece uma indústria de tijolos, todos iguais e da mesma cor, minha nota é ZERO. Eles esquecem que podem até fazer os tijolos, mas que uma “casa” precisa de muito mais que isso pra ser feita. Uma hora a casa cai e quem sabe assim teremos espaço!

Você acha que a forma de seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos?
R: Justos aos interesses deles.

Na sua opinião, os festivais de música fazem falta para abrir mais espaço aos novos cantores e compositores?
R: Não acho que hoje em diz funcionaria como funcionou lindamente um dia. Infelizmente o gosto popular foi tragado pelas narinas dos que acham interessante colocar só a mesma fumaça no ar. Se fossem feitos festivais como os de antes, quais seriam os interesses de hoje? É, acho que não funcionaria mesmo!

Você acredita que é possível aos cantores novos de hoje chegarem ao ápice da fama sem pagar jabá nos grandes programas de rádio e televisão?
R: Milagres acontecem!

Além da música, você possui outras vocações?
R: Me dou bem com tudo que é relacionado a artes. Gosto do que é minimalista e de tudo aquilo que provoca o sentimento das pessoas. Amo pintar, escrever, compor, encenar, cozinhar, trabalhos manuais, amo bichos, amo gente.

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira?
R: Qualquer apoio é bem vindo e sempre satisfatório pra quem tem como única solução o incentivo em determinadas leis. Se existem, use-as! É um caminho, um meio pra se fazer chegar o apoio a quem de fato precisa. Para que o sonho de tanta gente que morre sem ter a oportunidade de ser ouvida ou ser acolhida pelo mercado se realize.

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, a partir dos protestos de rua que estão acontecendo no Brasil?
R: O povo tem que lutar sempre pelos seus direitos e ideais! Esse negócio de ficar caladinho, quieto enquanto literalmente te “estupram“ não está certo. Saiam mesmo, façam barulho, mostrem sua indignação, mas sem perder a razão! Vandalismo e estupidez não levam ninguém a nada. Embora eu ache, há em todas as revoluções; que coisas do tipo aconteçam. Mas o importante é mantermos a calma, o foco e a fé!

"Bate Bola" com Ludy Rocha
Uma grata recordação? Ainda poder me lembrar do sorriso e da voz daqueles que perdi.

O momento mais importante de sua vida? Profissionalmente, foi ter participado do Quadro Mulheres que Brilham do Programa Raul Gil do SBT.

Um sonho? Minha música e minha voz sendo ouvida e reconhecida por muitos e viver de música de forma plena, ao ponto de poder ajudar minha família e quem precisa.

Uma decepção? A realidade, a falta de incentivo, a falta de cultura.

Uma superstição? Não passar embaixo de escada, cores pra casa pra harmonizar o ambiente, pra roupas em determinadas ocasiões, filtro dos sonhos em cima da cama.  E uma bem mineira agora:  quando passo embaixo ou perto de uma árvore chamada “aroeira”, peço a bênção a ela, pra não sair toda empolada.

Cor preferida? Preta

Prato preferido? O cheio... hahahaha! Tô brincando! Sou fã de culinária e amo cozinhar assim como apreciar cada sabor. Adoro a cozinha italiana e portuguesa, que são minhas por descendência, mas pra mim nada se compara à culinária brasileira, principalmente a mineira. Frango com açafrão e quiabo, angu de milho verde e taioba acompanhados de arroz branco é um dos meus pratos favoritos. Creme de cabotiá com carne seca pras noites mais frias também é uma boa pedida.

Esporte que aprecia? Patinação artística no gelo é o meu favorito. Acho que é porque envolve dança e música. Acho maravilhoso quando conseguem executar um salto completo e a forma como interpretam com as acrobacias as músicas que escolhem. Simplesmente maravilhoso e de uma sutileza sem igual.

Esporte que pratica? Fui muito boa com esportes na minha adolescência. Praticava muitos e me dava bem na maioria deles. Vôlei, handebol, futebol, peteca, natação. Mas hoje em dia, pratico muito pouco ou quase nada. Nado às vezes e vou à academia. Mas sinto falta daquele lance de competição!

Número de sorte? Espero que todos pois não me ligo a nenhum número em especial.

Principal Hobby? Cozinhar, escrever, jogar baralho, cinema.

Time para o qual torce? Não tenho um time do coração. Eu sou Brasil. Torço pelos brasileiros!

Cantor e cantora de todos os tempos:
Nacional? Tim Maia e Leny Eversong
Internacional? Michael Jackson e Etta James

Personalidade de todas as épocas:
Nacional? Chico Xavier
Internacional? Gandhi

Projetos na carreira? Um DVD e CD ao vivo e sair em turnê pelo Brasil.

Considerações finais:
Agradeço a Deus pelo dom que me deu, pois é através dele que conheço pessoas, lugares, amores e conecto minha alma a das pessoas. Espero poder ainda fazer isso pelo resto da minha vida, pois é o que me move, o que me motiva. E também espero poder contar com o carinho que venho recebendo de todos aqueles que enxergam em mim minha verdade, minha paixão e minha vocação! Música é minha vida e é com todo amor que vivo por ela! Obrigada a você, Lino Tavares, pelo carinho, pela paciência e pelo espaço dispensado não só a mim como a tantos outros. Meu abraço carinhoso a todos os que passaram seus olhos por aqui, a cada fã, a cada amigo, a cada incentivo! Muito obrigada! Ludy Rocha.

No encerramento da entrevista, vídeo da cantora Ludy Rocha, interpretando a canção "Bem que se quis", considerada por ela como sua melhor interpretação.


OI, GENTE ! Obrigado por prestigiar minha Entrevista. Dedico essa música a você que leu essa matéria.