Rádio On

Valeu, Gurias de BH !

Lino Tavares 

Para um bom entender o velho refrão que diz "O importante é competir" não quer dizer necessariamente que ganhar não é importante. Obviamente que a importância de uma vitória é inegável, pois ela é o coroar da arte de competir. O provérbio  pretende chamar a atenção para o fato de que só entra na disputa quem é importante, pois ao insignificante não cabe sequer o direito de disputar. Talvez "nunca antes na história deste país" - para lembrar o "filósofo de Garanhuns" - a frase "O importante é competir" pudesse ser aplicada com tanta propriedade, como no caso da Dupla Bruna & Keyla, indicada neste ano para o Grammy da Canção Latina, ao lado de celebridades da MPB como o Rei Roberto Carlos, Caetano Veloso e Djavan.
Quando as mineiras de Belo Horizonte uniram seus talentos, formando a Dupla, sequer imaginaram que tão pouco tempo depois pudessem estar sendo lembradas para concorrer ao prêmio mais cobiçado da música latino-americana. Nem mesmo depois que chegaram ao auge, gravando na Sony Music e figurando no seleto grupo das dez mais tocadas do país, elas ousaram  imaginar  que isso pudesse acontecer com tão pouco tempo de exposição na mídia.
Nem mesmo depois de confirmada a indicação da música Vem me Completar (gravada pela Dupla) para o Grammy da Canção Latina, as jovens artistas emergentes alimentaram a pretensão de superar os célebres concorrentes, entre os quais Roberto Carlos, que  acabou sendo aclamado vencedor do Grammy, na categoria Música Brasileira. É verdade que os fãs chegaram a revelar algum otimismo, nas redes sociais, dizendo acreditar que Bruna e Keyla poderiam
trazer o troféu para a bela capital mineira, da mesma forma como fizeram seus times do coração, o "Galo" de Bruna Braga, campeão da América, e a "Raposa", de Keyla Vilaça, campeã do Brasil. Mas essa esperança - um desejo que todos alimentávamos, já que para Deus nada é impossível -  era com certeza muito mais uma manifestações de carinho do que  ausência de bom senso nessa disputa  que era desigual, levando-se em conta o histórico de cada concorrente. A certeza que fica é que, por serem garotas pés no chão, conscientes de que tem muita estrada pela frente para chegarem ao Olimpo da música internacional,  Bruna e Keyla ficaram tão felizes com o resultado que deu a vitória ao nosso maior cantor, quanto teriam ficado se a conquista lhes tivesse sorrido como uma dádiva divina caída do céu. Isso se comprova no texto a seguir, publicado no Facebook oficial da Dupla Bruna & Keyla, cujas integrantes saúdo, dizendo no linguajar típico dos Pampas, "Valeu, Gurias de BH !

Clique no link, para conferir a autenticidade no  Face Bruna & Keyla


"Há dois anos e meio decidimos nos unir e formar uma dupla...muitos
disseram que não ia dar certo, que dupla feminina não tinha futuro...! Nesses dois anos gravamos dois CDS, um independente e um por uma grande gravadora a @sonymusic com a produção de dois grandes nomes: @duduborgesvip e @laerciodacosta , ganhamos a primeira edição do Mulheres que Brilham no @programaraulgil, nossa primeira música de trabalho teve a participação do nosso hoje amigo e ídolo @eduardocostacantor e foi uma das músicas mais executadas no Brasil esse ano...fomos amadrinhadas pelas Irmãs Galvão e para finalizar fomos indicadas ao Grammy!!!! Ontem ao escutar nosso nome na premiação a emoção foi muito forte!!!! Nosso maior sonho era que nosso trabalho e talento fossem reconhecidos...e hoje sabemos que fazemos um trabalho que muitos admiram, que nossa voz e composições se tornaram maiores que nossa aparência o que nos é muito gratificante e que milhares de meninas se sentem representadas por nós!!!! Em muito pouco tempo foram muitas conquistas...sabemos que nossa estrada está só no começo mas temos a certeza de começamos com o pé direito!!!!! Obrigada amores pelo carinho, apoio, torcida...já nos sentimos muito agraciadas e saber que o ganhador do Grammy foi Roberto Carlos, nos deixou imensamente felizes..porque Rei é Rei!!!! Então...VIVA O REI!!!! @brunabragabek @keylavilaca @laerciodacosta @ale_gaiotto @eduardocostacantor @sonymusic @lucosta".

Para jamais esquecer o Grammy da Canção latina de 2013, que marcou de forma gloriosa a carreira de Bruna & Keyla, figuram no fecho dessa matéria os vídeos das músicas "Esse cara sou eu", do Rei Roberto Carlos,com notícia da vitória na categoria "Música Brasileira", e "Vem me completar", com notícia correlata ao Grammy.

ESSE CARA SOU EU:

VEM ME COMPLETAR:

Tiane Tambara, Versatilidade e Talento na Arte de Cantar

Lino Tavares

Na série de entrevistas com jovens revelações da música brasileira, figura nesta edição a cantora Tiane Tambara, nascida e domiciliada em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, onde atua profissionalmente, dividindo seu tempo entre as atividades de nutricionista diplomada e intérprete musical, com participação em importantes projetos artísticos e culturais.

O Despertar Artístico

A vocação inata para a arte de cantar e interpretar manifestou-se  muito cedo na vida de Tiane, que ainda criança já se apresentava musicalmente na escola onde estudava e em outros locais, sempre incentivada pela mãe Luisa Tambara, tecladista amadora, que certamente deve ter percebido na filha encantadora, desde os primeiros passos, os predicados essenciais  inerentes ao artista dos palcos. 
Consciente do talento trazido de berço, Tiane cresceu sempre buscando lapidar seu pendor artístico através do aprendizado constante. Perseverante,  conquistou seu espaço no cenário musical de forma exitosa, como se vê  na síntese  biográfica a seguir, elaborada por ela própria para esta entrevista.

As Primeiras Experiências

"Sempre estive muito próxima da música, desde pequenina dormia embalada por minha mãe ao som de Rock and Roll Lullabyde B.J. Thomas. Com certeza, o gosto pela música de minha mãe foi o que me impulsionou a entrar para a vida artística, mesmo não tendo alguém músico na família. Aos oito anos, gostava de ouvir minha mãe tocar ao teclado e mostrava interesse em aprender todas aquelas canções como, Luar do Sertão, Coração de Estudante, entre tantas outras músicas da época. Foi então que decidi praticá-las no teclado todas as tardes, somente com o auxílio do caderno de partituras de minha mãe. Em pouco tempo já estava tocando aquelas e muitas outras músicas, sem precisar de partitura, pois já conseguia tirá-las de ouvido.

Concursos e Bandas

Aos 10 anos participei do meu primeiro festival. O Festival de Talentos do Colégio Sant´Anna acontecia anualmente e foi neste festival que arrisquei interpretando um grande sucesso de Raul Seixas, “Eu nasci a dez mil anos atrás”. Consegui o 2° lugar. No ano seguinte, participei novamente do mesmo festival e consegui o 1° lugar.
Aos 14 anos concorri ao prêmio de melhor interprete juvenil do Concurso Municipal “Nossos Talentos de Santa Maria”. Neste concurso conquistei o 1° lugar. Após esta conquista comecei a cantar em uma banda de pop rock chamada “Réu Confesso”. Durante alguns anos abanda percorreu por vários lugares do estado. Depois da “Réu Confesso”, formamos a extinta banda “Donabella”. Além de um repertório cover, a banda apresentava nos shows algumas canções próprias, como “Perdida no Tempo”, “Nosso Jogo” e “12 de junho”, esta última de minha autoria.

Programas de Calouros

Em 2004, ingressei aos palcos do Programa Raul Gil, como participante do quadro “Quem sabe canta, quem não sabe dança”. Ao todo foram 14 apresentações. No repertório, músicas consagradas de grandes artistas internacionais, como Gloria Gaynor, Olivia Newton John, Shania Twain, Gloria Branigan, Shakira; e algumas canções interpretadas por cantoras nacionais, como Elis Regina e Rosana. De certa forma, minha aparição no Programa do Raul Gil fez com que muita gente reconhecesse meu trabalho e foi nessa época que tive a oportunidade de gravar um cd com a banda Donabella. Após dois anos, tive uma rápida participação na primeira edição do Programa “Ídolos”. Consegui aprovação em todas as audições em Porto Alegre, mas infelizmente, na 2ª audição em São Paulo, fui eliminada do reality show.

Música e Faculdade

Nos quatro anos seguintes, me dediquei à faculdade de nutrição, e mesmo fazendo um curso da área da saúde, consegui aliar um pouco de música em dos projetos que desenvolvi durante a graduação. Este projeto consistiu na elaboração de um livro chamado “A Missão Secreta de Caio”, o qual trazia a história de um garotinho com péssimos hábitos alimentares e que, com a ajuda de sua amiga, conseguiu mudar suas práticas alimentares. O livreto acompanhava também um cd com canções abordando a temática do livro, tais como: “A Missão Secreta de Caio”, “Por isso tome seu café da manhã” e “Prato colorido”. Este projeto contou com a parceria de vários profissionais, das mais diversas áreas (nutricionistas, psicólogos, designers, publicitários e músicos).

Atualidade Artística

Atualmente, atuo como nutricionista na Universidade Federal de Santa Maria e sigo com vários projetos musicais paralelos, como: “Santa Maria Canta Elis”; “Toca Raul”; “Mamma Mia, um tributo ao Abba”; “Especial Shakira”; “Gracias a La Vida”, um especial com canções de Mercedes Sosa, Violeta Parra e Joan Baez”; Viva Ellas, um show que trouxe ao palco músicas interpretadas pelas divas da MPB; e o último realizado recentemente, 13 Jazz, um espetáculo com os grandes clássicos do jazz.
E é assim que continuo fortalecendo cada dia mais meu vínculo com a música, me envolvendo com esses projetos locais, compondo minhas canções no meu violão; fazendo tudo isso, pelo simples prazer que a arte me traz, pois ela é o alimento para minha alma".  

Tiane Tambara Responde:

Como se sentiu emocionalmente quando cantou em público pela primeira vez ?
Nossa, parece que foi ontem que isso aconteceu. Tinha 10 anos de idade. Na verdade foi um misto de sentimentos. Nervosismo, pelo desafio de cantar para todos os alunos do colégio em que estudava e alegria, pois parecia que não estava fazendo aquilo pela primeira vez, senti que ali, no palco, era o meu lugar!

Você se considera ou já se considerou uma cantora romântica ?
Com certeza, sempre fui, sou e sempre serei uma cantora romântica. Gosto e prefiro cantar canções que falem sobre o amor em todas as suas formas, porque é o tipo de canção que mais comove e toca o público.

Como você se define hoje como cantora ?
Hoje me defino como uma cantora realizada! Canto por prazer! Como não “vivo” da música, tenho outra profissão, posso escolher os projetos e locais onde irei cantar. E isso é muito bom, porque subo no palco feliz pelo que estou cantando, por ter uma estrutura de som bacana, um palco legal, ... enfim, hoje a música é minha terapia!

Que nota, de zero a dez, você daria para o nível da música brasileira de hoje ?
Nota7. Acho que, assim como tem coisas que a gente reprova pelo conteúdo e se apavora ao perceber o quão rápido isso chega aos ouvidos das nossas crianças, ainda há muita música com qualidade sendo feita no nosso Brasil! Percebo isso na minha própria cidade, Santa Maria, interior do RS. Santa Maria é reconhecida por ser cidade cultura e a gente vê uma quantidade muito grande de artistas talentosos aqui. Muita gente que saiu daqui para estudar música ou tentar algo maior no cenário musical, muita gente que tentou e acabou voltando e, muitos artistas que permanecem aqui fazendo shows no interior do estado e que não tiveram oportunidade de mostrar ainda o seu trabalho a nível nacional.
A grande questão é oportunidade! Tem muita gente boa, fazendo música com qualidade, mas que não teve ainda oportunidade de mostrar o seu trabalho!
Por outro lado, acredito também que, se há muita coisa ruim tocando por aí, a culpa é da gente mesmo que escuta. Se certo tipo de música está tocando nas rádios, bombando na internet, aparecendo nos programas de grande audiência, com certeza isso se deve aos inúmeros pedidos do público!
E aí é que complica, pois se isso é um problema de escolha, a maior parte da população brasileira está escolhendo muito mal o que escuta, porque infelizmente é o funk da fulaninha de tal, o que dá audiência.

Como participante do programa Raul Gil e outros do gênero, você acha que a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos ?
Eu acredito que sim. Isso eu falo por mim que já participei do programa Raul Gil, Ídolos, The Voice Brasil. Ao menos eu não me senti injustiçada quando não me classifiquei no Ídolos ou quando não fui aprovada na audição regional do The Voice Brasil este ano. Não consegui me classificar nos dois programas pelo nervosismo e pela escolha errada da música. Claro, isso é a minha opinião. Mas também acho que o fato de ter muita gente talentosa pleiteando o mesmo sonho de estar num programa de calouros, pesa e muito, pois tenho plena consciência deque há cantores muito melhores que eu!

A que você atribui a ausência dos grandes festivais de músicas, neste século, como acontecia nas segunda metade do século passado ?
Olha, pelo menos aqui no RS há grandes festivais de música tradicionalista que acontecem durante o ano inteiro, em diversos locais do estado. O que não há mais é veiculação destes festivais às emissoras de TV e, portanto, muita gente acaba não tendo acesso a este tipo de programa cultural.

Você acredita que é possível aos cantores novos de hoje chegarem ao ápice da fama sem pagar jabá nos grandes programas de rádio e televisão ?
Acho muito difícil! É preciso investir muito alto na divulgação de um produto! Eu já desisti, pois precisaria de alguém, algum empresário que acreditasse no meu trabalho. Eu sempre tive apoio das rádios locais, emissoras de TV das cidades do interior do RS. No entanto, quando se almeja algo maior, como por exemplo, estar numa grande emissora de TV, o apoio tem preço!

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira ?
Creio que a Lei de Incentivo à Cultura tem sido uma forma de contemplar vários projetos culturais e tem dado oportunidade a muitos artistas de levarem sua arte até mesmo àquelas pessoas mais carentes. Mas acho que o Ministério da Cultura poderia apoiar a arte, de uma maneira geral, explorando outras formas de incentivo.

"Bate Bola" com Tiane Tambara

Uma grata lembrança ?

Viagem de férias com os meus pais, irmão e amigos para a Europa.

O momento mais importante de sua vida ?
Minha formatura em Nutrição.

Um sonho ?
Fazer um show somente com minhas composições.

Uma decepção ?
Não lembro. Acho que esse tipo de sentimento não devemos cultivar. Mas já tive algumas.

Uma superstição ?
Não tenho e não acredito em nenhuma.

Cor preferida ?
Azul.

Número de sorte ?
13.

Principal Hobby ?
Cantar para mim também é um hobby.

Time para o qual torce ?
Grêmio.

Religião ?
Acredito em Deus e em Jesus Cristo, independente de qualquer religião.

Cantor e cantora de todos os tempos: nacional? Internacional?
Elis Regina e Toquinho;
Janis Joplin e Michel Jackson.

Personalidade de todas as épocas:
Nacional?  Monteiro Lobato                      
Internacional?  Martin Luther king.

Projetos ?
Pretendo continuar com meus projetos de especiais e tributos aqui em Santa Maria e quem sabe levar algum deles para o restante do estado. Também quero voltar a compor e concluir um projeto de músicas infantis.

Considerações finais:

Minha mensagem final é uma frase muito sábia, retirada de um dos grandes livros, o qual tem sido meu manual de sobrevivência aqui na terra. Creio, que temos muito a aprender com estas palavras que estão em Mateus 5, 43-48: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus."


Saiba mais sobre Tiane Tambara acessando o facebook a seguir.  Na sequência, vídeos com interpretações da cantora gaúcha.

"ATRÁS DA PORTA"



"ALÔ ALÔ MARCIANO"



SANTA MARIA CANTA ELIS REGIA - 5ª EDIÇÃO: "MADALENA"

Jessie Vic, Estrela Emergente da "Cidade Maravilhosa"

Lino Tavares                                    

Na série de entrevistas com novos artistas da música brasileira, figura nesta edição a cantora carioca Jessie Vic, de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, uma das mais aplaudidas em sua área de atuação, por seu belo repertório, que interpreta de forma admirável, associando à expressão de sua arte uma excelente postura de palco.

O Começo

Jessie começou a cantar aos 6 anos, nos cultos da igreja que frequentava com a mãe.  Seu vasto e maduro repertório chamava tanto a atenção de quem ouvia, que, mesmo nessa época, já era convidada para cantar em cerimônias de casamento e festas de 15 anos. Aos 14 anos, venceu um concurso de karaokê da Rádio Globo, onde as pessoas ligavam e cantavam por telefone.

A Era Profissional

Foi em 2004, aos 17 anos, que começou a cantar profissionalmente, com bandas. Iniciou como backing vocal e pisou em grandes palcos, cantando na Festa Junina do Supermercado Extra, Expo Itaguaí, Feira de São Cristóvão, entre outros eventos, em diversos municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Novos Rumos

Ao ingressar na faculdade(Jornalismo – Uerj), em 2006, parou de cantar. Fazendo estágio durante o dia e faculdade à noite, longe de casa, ficava difícil incluir ensaio e shows na rotina diária. Nessa época, só restava matar sua saudade dos palcos 'dando canjas', de vez em quando, como certa vez em que subiu no palco do Teatro Noel Rosa (Uerj) e cantou “Como nossos pais”, porque Tico Santa Cruz, em seu projeto “Voluntários da Pátria”, abriu espaço de participação para a plateia e os amigos de turma a intimaram a cantar. Em 2008, se tornou solista de um coral universitário (Coral Ecos Sonoros, da Feuc), onde
permaneceu por um ano e participou de dois festivais internacionais: Criciúma-SC e Santa Fé, na Argentina. Depois de sua passagem pelo coral, não parou mais de cantar.

A Volta ao Profissionalismo

Ao dar 'uma canja' num restaurante do shopping próximo de sua casa, recebeu a proposta de ser cantora fixa da casa, fazendo voz e violão lá, uma vez por semana. Logo surgiram outros bares. Jessie voltou a cantar em bandas, largou o estágio e passou um ano “vivendo” só de música. Cantou em grandes eventos com bandas como a extinta “Vinil 80’s”, levantando o público
da Festa Julina do Retiro dos Artistas, em 2012,  e realizando uma festa de celebração aos anos 80, no Teatro Rival, em agosto do mesmo ano, entre outras tantas bandas e participações especiais que fez em bandas de colegas músicos. Dividiu palco com Silvinho Blau Blau, Cícero Pestana (Dr. Silvana & Cia), Kid Vinil, Lidoka (Frenéticas), Nise Palhares (Ídolos), Loma (baterista da Banda Agnela), Guilherme Lemos(Renato Russo cover)...

Passagem pela TV

Incomodada com o orçamento mensal oscilante da música, voltou a trabalhar na área de Comunicação Social, em 2012.Fazendo malabarismos para conciliar a música com o emprego de carteira assinada, foi selecionada para participar da edição 2013 do concurso “Mulheres que Brilham”, do Programa Raul Gil, no qual chegou à fase semifinal. O apoio da família e amigos foi fundamental nessa fase. A Rádio Tupi, representada pelo comunicador Clóvis Monteiro e seus ouvintes, apoiou e ajudaram com as passagens de avião para SP, na ocasião da gravação da primeira participação no Programa Raul Gil. Seus companheiros de trabalho, bem como as gestoras, também fizeram toda a diferença: ajudando, apoiando, compreendendo e facilitando, na medida do possível, as idas ao SBT – o programa é gravado às segundas-feiras.

A Banda Própria

A partir de sua aparição na TV, que quadruplicou o número de amigos no Facebook, Jessie Vic sentiu a necessidade de investir musicalmente em seu próprio nome e ter sua banda. Os músicos e amigos de infância Hermínio Muniz (teclado), Thiago Kato (guitarra) e Vinicius Motta(guitarra) se juntaram nesta empreitada e convidaram os outros dois instrumentistas que faltavam (baixo e bateria) para dar forma ao projeto “Jessie Vic & Banda”.€. Para quem gosta de dançar e ouvir um som de qualidade, um repertório pop com hits de Kate Perry, Rihanna, Lady Gagae David Guetta, sem dispensar a influência do rock clássico de “Guns N’ Roses”e o complexo “Evanescence”. Pra cantar junto, Ana Carolina, Pitty, Cássia Eller, Cazuza, Legião Urbana entre outros clássicos do cenário nacional que servem de inspiração para a jovem cantora e “seus meninos” companheiros debanda.

Atualidade e Projetos

No momento, “Jessie Vic & Banda” apresentam um repertório cover em casas de show e eventos. Mas a cantora e seus músicos estão selecionando músicas de amigos compositores para a gravação de um EP. Aguardem! Jessie Vic, define seu momento artístico, dizendo:  "[As coisas andam num ritmo mais lento do que gostaríamos porque, apesar da exposição na TV e tudo mais, estamos sozinhos nessa,  fechando shows, cuidando de toda a produção e divulgação. Não é fácil! Mas ainda tenho esperanças de que, cantando e me expondo por aí, apareça alguém com condições de nos ajudar nisso para que tudo caminhe da melhor forma possível. É muito chato subir no palco cheia de preocupação, com stress acumulado do “antes” e do “depois”. Conto os dias para que chegue a época de me preocupar apenas com o “durante” e fazer o show mais leve porque cada coisa está em seu devido lugar".

Jessie Vic Responde:

Ser cantora é a sua principal vocação ou você tem outros projetos de vida ?
R: Sinto que nasci cantora. Não tem como ninguém se referir a mim sem lembrar que eu canto. Sempre foi assim, onde chego. Estou me formando em Jornalismo porque quando eu estava na fase do vestibular e cogitei a possibilidade de tentar Música, meu pai não gostou muito. Como a Comunicação também me atraía, não foi tão difícil fazer a vontade dele. Mas logo que pude, voltei à música. Hoje concilio as duas coisas: trabalho com Comunicação e continuo cantando.

Quando começou a se interessar pela música, que gênero musical você apreciava ?
R: Comecei cantando gospel, ainda criança, quando frequentava a Igreja com a minha mãe. Mas meu repertório sempre foi adulto. Eu sempre me identifiquei com grandes cantoras de voz aguda como Cristina Mel e Aline Barros.

Você teve incentivo familiar para ingressar na carreira de cantora  ?
R: Sim. E apesar de ninguém na minha casa ser músico nem ter formação musical, foram meus pais que perceberam muito cedo que eu cantava e gostavam de gravar a minha voz, quando eu ainda tinha 3 aninhos. Depois, quando passei a cantar na Igreja, minha mãe comprava os playbacks (bases instrumentais) das cantoras evangélicas que eu mais gostava e meu pai filmava tudo.

Toca alguma instrumento musical  ?
R: Sei algumas notas básicas de violão, mas só toquei em público, num palco, uma vez.

Inclui em seu repertório composições próprias ?
R: Ainda não. Mas chegou a hora. Estou selecionando um material autoral com amigos porque pretendo lançar um EP.

Dentre as diversas músicas que já cantou, qual delas marcou mais em sua carreira ?
R: Certamente "Bring me to Life", do Evanescence. Foi a primeira música que selecionamos para o repertório da banda de rock que eu e meus amigos estávamos planejando montar quando eu tinha 17 anos. Eu sempre cantava e ainda canto essa em todas as participações que faço na banda de amigos. Até em barzinho, fazendo voz e violão, as pessoas me pediam pra cantar essa música. É como se fosse uma marca minha e, por isso mesmo, aconselhada pelo Vinicius (meu guitarrista desde sempre), eu a escolhi pra cantar no Programa Raul Gil. Foi essa música que me levou à televisão: passei com ela ainda nas audições do "Mulheres que Brilham" e o Raulzinho me orientou a entrar na TV com ela. Deu certo: fui aprovada na primeira fase do concurso.

Ao entrar no palco, ainda bate aquele nervosismo que acontece até com cantores consagrados ?
R: Sempre! Não importa o lugar. Eu sempre entro nervosa, com aquele frio na barriga. Depois de cantar algumas frases, a reação do público acaba me acalmando.

Você considera bom, médio ou ruim o nível da música brasileira da atualidade ?
R: Tem muita gente talentosa no Brasil. Pra constatar, basta ligar a TV em qualquer concurso musical ou fazer uma busca de novos artistas na internet. Aliás, nem é preciso procurar. Eu tenho amigos talentosos e vejo muita gente boa tocando por aí. O que acontece é que, infelizmente, esse meio é muito concorrido e são poucos os que "chegam lá". Essa coisa da pirataria também prejudicou muito o cenário. As gravadoras não têm mais condições de investir em novos talentos. Hoje em dia está todo mundo fazendo trabalho independente porque o caminho é inverso: Primeiro você faz sucesso, depois você consegue uma gravadora. Ou não. Tem gente que se mantém independente, lança selo próprio e tal... Estou falando do cenário como um todo, desconsiderando o que a grande mídia mostra. A realidade é muito mais ampla do que o que assistimos na TV.

Como você classifica a música gospel em comparação com os demais gêneros musicais ?
R: A música gospel é virtuosa em todos os sentidos da palavra. E não é qualquer um que canta, pois é difícil de cantar. Pra mim, foi uma escola. Comecei bem cedo, aos 6, e permaneci cantando na igreja evangélica até os meus 16 anos. Não estudava canto nem nada. Apenas ouvia e reproduzia.

Acredita que a música gospel é manifestação de fé ou uso da religião para vender discos ?
R: Acho que, como tudo na vida, tem os dois lados. Tem gente que leva a sério, que usa como instrumento de adoração e de evangelização. Mas também tem gente que usa pra ganhar dinheiro. Eu mesma já fui aconselhada a voltar a cantar gospel porque "vende muito". Mas acho que mexer com a fé das pessoas e a responsabilidade é muito grande. Tenho um grande respeito pela música gospel por ter sido o meu primeiro contato com a música e fazer parte da minha história de vida. Eu não conseguiria me aproveitar disso pra ganhar dinheiro pura e simplesmente.

No seu modo de ver, a seleção nos programas de calouros obedece a critérios totalmente justos ?
R: Essa é uma pergunta muito difícil de responder. O que é justo pra você pode não ser pra mim. Quando você participa de um concurso desses, você está sendo julgado por outras pessoas. Cada um tem seu gosto, seus critérios, seu conceito do que é bom ou não e por quê. Penso que pode parecer justo pra uns, injusto pra outros. Tudo depende do ponto de vista.

Já se sentiu injustiçada, participando de algum programa de calouros ou algo semelhante ?
R: Eu só participei de um concurso, que foi o "Mulheres que Brilham", do Raul Gil. Nunca tinha participado de um concurso desses antes e não imaginava que conseguiria ir tão longe - fui semifinalista e fiquei entre as 10 melhores entre 60 participantes. Me inscrevi de verdade: uma amiga viu o anúncio do concurso e me mostrou. Mandei meu material e, alguns meses depois, me ligaram. Não fui convidada por ninguém; nunca tinha aparecido na TV antes. Acho que foi uma grande conquista e me sinto feliz por ter passado por essa experiência. Mas não é nada fácil. Na TV, tudo parece seguir um grande scrip. E o concurso foi complicado: a Nanci Gil abandonou o corpo de jurados ainda no meio da segunda fase e já se especulava quem seria a vencedora. Muita tensão nos bastidores.

Acha possível a um cantor principiante alcançar o sucesso sem pagar jabá nos principais programas de rádio e televisão ?
R: Sim. A internet possibilita isso. Mallu Magalhães e o Boyce Avenue são nomes conhecidos graças à internet.

O que mais a motivou no sentido de participar do Quadro Mulheres que Brilham  ?
R: Todo mundo sempre me perguntava por que eu não participava desses concursos musicais. Meu pai sempre me falava de cada inscrição que abria. Mas eu nunca quis porque a exposição poderia ser boa ou não e eu nunca levei fé nessas coisas de TV.

Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira ?
Não vejo grandes ações nesse sentido e lamento. Acho que deveria haver mais divulgação a respeito. Não sei até que ponto se dá esse apoio e não me parece muito acessível e ninguém sabe direito como funciona. Como tudo nesse país, infelizmente.

Que nota, de zero a dez, você atribui aos políticos que hoje governam o Brasil ?
Nota 4. O país está crescendo, mas cadê nossa fatia desse bolo?

Você acredita que possa haver mudanças para melhor, em função dos protestos de rua que estão voltando à moda no Brasil ?
R: Mudanças certamente haverá. Toda ação gera uma reação. Mas se efetivamente vão melhorar alguma coisa, temos que esperar pra ver.

Se participasse de um protesto de rua, o que você cobraria do atual governo ?
R: Saúde, Educação e Renda formam um tripé problemático no nosso país. As ações devem ser conjuntas e articuladas nesse sentido ou não vai adiantar nada.

"Bate Bola" com Jessie Vic

Uma doce recordação ? A infância.

Uma pessoa importante na sua vida ? Minha mãe.

Uma viagem inesquecível ? Santa Fé, Argentina. A primeira vez que cantei fora.

O momento mais importante de sua vida ? A primeira vez que cantei em público, na Igreja, à capela mesmo.

Uma coisa para esquecer ? Decepções.

Um sonho realizado ? Cantar na TV, em rede nacional.

Uma decepção ? Algumas.

Uma surpresa agradável ? A ligação pra participar das audições pra cantar no Raul Gil. Pensei que fosse trote.

Uma superstição ? Não tenho.

Cor preferida ? Vermelho.

Número de sorte ? 12.

Prato preferido ?  Bife com arroz e batata frita.

Principal Hobby ? Ler.

Time do coração ? Flamengo.

Cantor ou cantora nacional de todos os tempos ? Elis Regina.

Cantor ou cantora internacional de todos os tempos ? Michael Jackson.

Personalidade nacional de todas as épocas ? Ayrton Senna.

Personalidade internacional de todas as épocas ? Lady Di.

Projetos futuros  ?  Cantar, cantar e cantar.

Considerações finais:

Primeiro eu gostaria de agradecer a você, Lino, pelo convite à entrevista. É bom ter a oportunidade de mostrar um pouco quem é a pessoa por trás da cantora e saciar a curiosidade das pessoas que me admiram mesmo sem saber quase nada da minha vida. Quero aproveitar o espaço para parabenizar e agradecer cada integrante da produção do Raul Gil pelo belo trabalho nos três meses de "Mulheres que Brilham" e mandar um beijo para todas as candidatas que passaram por lá (tanto as que eu conheci pessoalmente quanto as que eu só tive contato pelo Facebook) - algumas se tornaram minhas amigas. Meu "muito obrigada" à minha família e amigos que me apoiam desde sempre, Clóvis Monteiro e "Família Tupi", mas principalmente o meu guitarrista Vinicius Motta, que me ajudou com a escolha do repertório pro Programa Raul Gil e, é claro, a todos que me assistiram, torceram por mim no concurso e continuam demonstrando carinho nas redes sociais.

Para curtir o facebook da cantora Jessie Vic, acesse aqui: http://www.facebook.com/jessie.vic1

Vídeos com interpretações de Jessie Vic
CÁLICE - MULHERES QUE BRILHAM - RAUL GIL - SBT: 



BANDA MARIA ALZIRA & JESSIE VIC - COVER TITÃS - FLORES:

Osyanne Pilecco: Beleza Alegretense em Foco



Com essa chamada de capa, o Jornal Enfoque, que circula no território gaúcho, publica em sua edição de 9 de novembro de 2013, sábado, a reportagem de página inteira, que se vê a seguir.

Matéria assinada pelo jornalista Lino Tavares, com base na entrevista que realizou com  a Miss Itália Brasil 2009, atriz e modelo gaúcha Osyanne Pilecco, domiciliada em São Paulo, capital. 



Clicar no texto para aumentá-lo, facilitando a leitura


Banda Dollface, Balada Quente nas Noites de Las Vegas.

Lino Tavares

Hospedado no Excalibur Hotel-Cassino, em Las Vegas, assisti ao belo espetáculo da "Dollface Las vegas all girl band", um grupo musical feminino integrado por quatro excelentes artistas, com quem mantive contato e fotografei, ao final do show, naquela madrugada de 25 de outubro de 2013,  repleta de atrações, na capital mundial do jogo.
Embora sendo a primeira vez que presenciei ao vivo a performance do quarteto feminino, pude perceber a excelência vocal e musical da Banda,  uma das mais completas da música popular dos Estados Unidos.
Seus shows diversificados, enriquecidos por um repertório que inclui gêneros de todas as épocas, agradam pessoas de todas as faixas etárias.

Líder
O grupo é liderado por Tiffany Martin, vocalista com grande presença de palco, sendo complementado pelas instrumentistas Mesina (baixo, bocking vocais), Danielle Delin (guitarra, backing vocal) e Paloma Estevez (baterista, backing vocais).
Na biografia da banda, figura essa frase de Tiffany que revela a dedicação e o apreço que as meninas da Dolfface têm por aquilo que fazem: "Nós amamos o que fazemos, por isso não podemos deixar de mostrá-lo no palco".
A banda é especializada em cassinos e eventos privados de todos os gêneros, atuando em circuitos musicais como os de Las Vegas, sendo consagrada em cidades importantes como Los Angeles, na Califórnia, e Miami, na Flórida.
No agradável contato que mantive com as artistas norte-americanas, pude perceber o apreço que elas têm pelo Brasil, onde certamente sonham em mostrar sua arte.













A Seguir, dois vídeos com apresentações da Banda Dollface e o link de acesso ao facebook fabuloso grupo musical.

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