Entrevista ExclusivaLino Tavares
A entrevistada da Série é a cantora Amanda Mattos, natural do Rio de Janeiro, que aniversaria no dia 22 de agosto, sendo portanto do signo de Leão.A jovem de 30 anos acumula uma bagagem artística repleta de êxitos, conquistando muitos espaços no cenário musical, tendo se destacado no Quadro Mulheres que Brilham, do programa Raul Gil, veiculado aos sábados no SBT, do qual participou no ano passado, voltando a participar este ano, quando venceu várias etapas, sendo muito bem avaliada pelo júri do programa e muita aplaudida pelo auditório.
Primeiros passos
Morou por mais de 20 anos em São Gonçalo (Região metropolitana do Rio de Janeiro) e há pouco mais de um ano em Cabo Frio (Região dos Lagos). Cantora profissional desde os 18 anos , fez o primeiro show no dia do seu aniversário. Começou em bares e restaurantes, fazendo voz e violão com o seu amigo Real Junior num repertório predominantemente de bossa nova. Enquanto isso frequentava um projeto de músicos em São Gonçalo chamado Groove do São, onde rolavam jam sessions no qual os artistas da cidade e convidados se apresentavam sem fins lucrativos. Eram encontros semanais para disseminar a música boa nos quais cantavam também com a participação da Amanda Mattos.
A carreira
A partir dessas experiências, com contatos cada vez mais musicais, Amanda entrou para sua primeira banda chamada Mira Tekila onde fez vários shows pelas noites cariocas. Passou por muitas bandas como cantora de baile, tais como Mira Tekila, Banda Brecht, Banda Pontokom, Fala Frank, Let's Dance, ingressando ultimamente na Banda Rabuja, na qual canta atualmente, na cidade de Cabo Frio. Fez várias participações como backing vocal de alguns artistas, como por exemplo: Jerry Adriani, o cantor de samba Leonardo Bessa e a cantora, também de samba, Denise Mattos.
Atualidade Artística
Atualmente, além da recente passagem pela TV, Amanda Mattos faz participações em outras bandas do Rio, como por exemplo Rio Floyd Machine e Bulldog Clasic Rock , em shows covers do Pink Floyd no qual é sempre convidada a cantar a difícil música The great Gig in the sky, que é sucesso garantido nos shows. A performance de Amanda Mattos nesse show e em outros das noites cariocas, poderá ser vista clicando nos links do subtítulo Vídeos com Interpretações de Amanda Mattos, postados no final desta entrevista.
Amanda Mattos Responde
Sua vocação de cantora despertou cedo, ou tinha outro projeto de vida na infância ?
R:
Minha mãe costuma dizer que eu, aos dois anos de idade, sem ao menos saber falar corretamente, já gostava de cantar. Eu já decorava as letras e já era "afinadinha". Apesar disso, quando comecei a me entender por gente, rs, dizia que gostaria de ser atriz. Cheguei a fazer cursinhos de teatro no colégio, mas não levei adiante, pois, de um jeito ou de outro, era a música que acabava me chamando.
Qual o gênero musical mais lhe atraía quando começou a gostar de música ?
R: Tive muita influência de MPB na minha infância. Meus pais ouviam LPs de Caetano Veloso, Chico Buarque e Tom Jobim, por exemplo. Eu gostava bastante, mas por volta dos meus onze, doze anos, comecei a ouvir o primeiro disco da Shakira, pois eu fazia curso de espanhol na época e adorava treinar a língua com as suas músicas. Gostei tanto que eu ficava na frente do espelho dublando e dançando, me sentindo a própria cantora. E assim fui fazendo com todo tipo de música que eu gostava. Sempre fui muito eclética. Gostava de tudo... Do samba ao jazz!
Seus pais sempre a encorajaram a optar pela carreira de cantora?
R: Meus pais sempre me apoiaram na música! Sempre procuravam me incentivar e me ajudavam a desenvolver meu dom me colocando em aulas de música, corais e me presenteando com um violão.
Você frequentou escolas de música ?
R: Não cheguei a fazer escola de música. Fiz aulas de canto (e continuo fazendo) e fiz um cursinho básico de violão que me possibilita curtir um som despretensioso com amigos. Participei de um coral na Universidade Federal Fluminense (Niterói) no qual nos apresentávamos nos Natais na Rua.
Além de violão, como já falou, toca algum outro instrumento musical?
R: Toco só violão, mas não profissionalmente. Apenas em rodinhas de amigos e familiares.
Quando e onde você cantou em público pela primeira vez ?
R: Com 14 anos de idade, cantei pela primeira vez num videokê no meu bairro e percebi que as pessoas gostavam de me ouvir e pediam que eu cantasse mais. Assim fui tomando cada vez mais gosto pelo canto.
Antes de se inscrever no "Mulheres que Brilham", participou de algum outro concurso de música ?
R: Não cheguei a participar de fato de outros concursos musicais. Já havia tentado Fama, Ídolos e The Voice, mas nunca conseguia chegar nas fases de audições na TV.
Participar do "Mulheres que Brilham foi iniciativa sua ou algo sugerido por alguém ?
R: Participei do quadro Mulheres que brilham por iniciativa minha mesmo. Vi que as inscrições estavam abertas e resolvi tentar.
Sua eliminação no Quadro Mulheres que Brilham lhe despertou algum sentimento de ter sido injustiçada ?
R: Num total de 32 cantoras, cheguei em sétimo lugar na competição. Nessa fase, tudo já estava mais difícil pros jurados. Sei que era realmente complicado selecionar as melhores, pois todas tínhamos potencial para vencer, mas apenas 4 de nós levariam essa. Não me senti injustiçada. Tenho consciência de que a eliminação era algo possível pra todas nós e naquele dia fui eu.
Você entrou no programa do Raul Gil disposta a vencer ou foi mais pela chance de mostrar seu trabalho em rede nacional ?
R: Num primeiro momento, entrei com a intenção de mostrar meu trabalho em rede nacional, pois eu sabia que a disputa seria difícil por saber que as candidatas seriam excelentes. Mas ao longo do programa, a cada fase conquistada, fui ficando mais confiante e já vislumbrava uma possível vitória.
Considera justos os critérios de julgamento adotados nos programas de calouro ?
R: Muitas vezes não considero justos os critérios de julgamentos nos programas. Na verdade, em certos momentos, eles são contraditórios, ou ainda não são claros ou convincentes nos seus argumentos. Falo isso numa forma geral do que eu analiso em todos os programas de calouros.
Qual é o gênero musical predominando no seu repertório ?
R: O gênero musical que predomina no meu repertório é o pop internacional, mas como canto em bandas de baile, faço de tudo: rock, mpb, samba, forró, jazz, etc.
Que avaliação você faz da música gospel. Manifestação de fé ou busca de espaço no mercado fonográfico ?
R: Acho a música gospel extremamente linda! Vejo sim muita verdade em muitos profissionais da música gospel. Eles fazem com amor, querendo passar a palavra de Deus pra muita gente. Apesar disso, eu não nego que eu não veja essa mesma verdade em outros profissionais.
Você considera possível a um cantor principiante conquistar seu espaço na mídia sem pagar jabá ?
R: Acredito sim, mas na maior parte das vezes o jabá é quem facilita o artista de conquistar um espaço.
Considera satisfatório o apoio dispensado pelo Ministério da Cultura à arte musical brasileira, ou acha que poderia fazer mais nessa área ?
R: Não considero satisfatório o apoio do Ministério da Cultura à arte. Na verdade, é muito pouco perto do que a arte precisa! A cultura é importante pra todo ser humano, mas não recebe a atenção necessária assim como em outros departamentos, por exemplo saúde, educação e segurança. Infelizmente temos carência de tudo o que envolve o poder público.
A partir dessa experiência no palco do Mulheres que Brilham, que conselho você daria às futuras calouras ?
R: Meu conselho às próximas calouras é: Cante com a alma e com o coração! Existem pessoas que cantam porque sabem cantar, cantam pra si. E tem as que cantam, oferecendo algo de bom pra quem ouve, Cantando com alma e coração a gente dá um pouquinho de nós pra quem ta ouvindo. E não existe nada mais feliz do que isso!
Você diria que é possível conciliar os estudos com a atividade artística e sobrar um tempinho para o lazer e o namoro ?
R: Sei que conciliar tudo é tarefa pra super humano! Rsrs... Mas é possível sim. Se organizando e planejando tudo a gente pode dar a devida atenção pra cada coisa.
Seu marido compartilha com você nos momentos de glamour do cenário musical?
R: Meu marido, apesar de não participar fisicamente sempre de tudo que envolve a música na minha vida por conta do trabalho, me apoia cem por cento e me da muita força! Ele é meu melhor amigo!
"Bate Bola" com Amanda Mattos
R a p i d i n h a s
Doce recordação ? Minha querida vovó materna Zilda
Amigos para sempre ? Meu irmão Leandro
Nunca vou esquecer ? Minha participação no Programa Raul Gil
Maior sonho realizado ? Viver da música
Para apagar da memória ? O ódio, o preconceito.
Decepção ? O retrocesso da música brasileira no nosso cenário
Grata surpresa ? As amizades tão queridas que conquistei com as candidatas do MQB
Superstição ? Não tenho.
Cor preferida ? Lilás, rosa
Número de sorte ? Se existe esse número ainda não sei qual é. rsrs
Prato preferido ? Salmão grelhado
Principal Hobby ? Ouvir música
Time do coração ? Fluminense
Cantor ou cantora nacional de todos os tempos ? Elis Regina
Cantor ou cantora internacional de todos os tempos ? Michael Jackson
Personalidade nacional de todas as épocas ? Ayrton Senna
Personalidade internacional ? Gandhi
Projetos ? Sempre levar o meu canto a quem quiser ouvir.
Considerações finais
"Gostaria de agradecer ao Lino Tavares pelo convite e pela oportunidade de falar um pouquinho sobre mim.
Muito obrigada!!!!!!"
E-Mail - amandacaju@hotmail.com
Vídeos com Interpretações de Amanda Mattos